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PPL vai entrar tímido na
disputa eleitoral de 2012
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/10/2011 | 07:15
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O PPL (Partido da Pátria Livre), o 29º partido do País, vai entrar de maneira tímida no processo eleitoral de 2012 no Grande ABC. Ao contrário da projeção de um ano e meio atrás, quando se cogitava lançar candidato a prefeito ou a vice nas sete cidades, segundo dirigentes da legenda, a demora para sua efetivação no Tribunal Superior Eleitoral forçará a sigla a fazer composição, dificilmente indicando na aliança majoritária.

Para o coordenador regional do PPL, Octávio Kahn, o atraso por São Paulo na entrega das certidões atrapalhou o ingresso em massa de grandes lideranças locais. O novo partido conseguiu liberação da Justiça Eleitoral no dia 4 e a senha liberada para entrada de quadros na data seguinte, sobrando três dias para efetivar as filiações. "Não houve tempo hábil para trabalhar candidaturas. A dúvida se o partido alcançaria mesmo se constituir atrapalhou muito."

A vereadora de Diadema Marion Magali de Oliveira foi a primeira parlamentar do Grande ABC a se filiar ao PPL. Na base de sustentação do governo Mario Reali (PT), ela ainda evita garantir apoio à reeleição do petista e nem descarta aliança com o ex-deputado José Augusto da Silva Ramos (PSDB) ou Lauro Michels (PV), principais adversários de Reali na corrida eleitoral. Segundo Octavio, Marion é que vai definir o caminho da legenda na cidade. "Como expoente do partido, ela, inclusive, pode ser única candidata ao Paço."

A tendência do novo partido é seguir na trilha formada pelo PT na região. Além de Diadema, que pode trilhar a mesma rota de Reali, em São Bernardo e Santo André está firmado o apoio às candidaturas de Luiz Marinho e Carlos Grana, respectivamente. "Na nossa primeira eleição vamos seguir nessa toada até porque está sendo tudo em cima da hora, entretanto, não iremos prosseguir a linha de outros." A presidente Dilma Rousseff (PT) possui relação próxima com Miguel Manso, presidente estadual do PPL, dissidência do MR-8, antiga ala do PMDB, do qual Dilma fazia parte.

São Caetano deve ser a única exceção. A expectativa é formar parceria com o secretário de Esportes e vereador licenciado, Gilberto Costa (PTB), caso ele seja o indicado pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB) para encabeçar a chapa governista. "Se o Gilberto for o candidato o apoiaremos, senão veremos outro posicionamento", disse Octávio, que iniciou diálogo com Paulo Pinheiro (PMDB). O peemedebista se desgarrou do grupo situacionista ao sentir-se preterido na concorrência interna. Mesmo que remota, em São Caetano há chance de indicar o vice.

José Ribamar Dantas, dirigente do PPL de Diadema, defendeu que a linha estatutária rege sobre os ensinamentos do nacional desenvolvimento. "Seguir a ideologia do (inconfidente mineiro) Tiradentes. Valorizar as empresas do País, voltando às origens, e apoio aos projetos populares."

O fortalecimento do PPL, no entanto, está na aposta no campo proporcional, quando a pretensão no Estado é lançar de 500 a 600 candidatos a vereador. Além disso, deve-se projetar um nome para postular o pleito na Capital, com o intuito de demarcar território.




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