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Marinho diz que vice-prefeito não tem função
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
31/08/2010 | 08:28
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), afirmou ontem que vice-prefeito não tem função. "Vice-prefeito é função de expectativa de prefeito. Ele (Frank Aguiar - PTB) não tem função." Diga-se de passagem, o salário de vice é de R$ 10 mil mensais. A afirmação do petista foi uma tentativa de explicar o fato de seu vice, candidato à Câmara dos Deputados, Frank Aguiar (PTB), ter feito campanha quinta-feira na Festa de Peão de Barretos.

O petebista aproveitou para "fazer caminhadas pela cidade e falar com os eleitores" como escreveu em seu microblog. Porém, como funcionário comissionado, não deveria fazer campanha durante horário de expediente. "O cidadão é candidato e não pode fazer campanha?", indagou Marinho.

Questionado se a função de vice-prefeito seria válida apenas se sua cadeira estivesse vaga, Marinho foi enfático. "Se fosse esse o caso, ele (Frank)não poderia nem ser candidato. Se eu me afastar e ele assumir perde até a condição de candidato. Querer cobrar que não faça campanha durante a semana é ridículo."

Com relação à determinação da Justiça de São Bernardo de apreender todas as cópias do CD gravado originalmente no computador do cantor e vice-prefeito Frank Aguiar - que vinham sendo comercializadas a R$ 4 nos camelôs do Centro da cidade -, Marinho jogou a batata quente para Frank, embora o ISS (Imposto Sobre Serviço) deveria ser recolhido pela Prefeitura. "Isso eu não comento. Isso é com o Frank, com a Receita Federal, Ministério Público."

Em setembro de 2009, Frank gravou dez músicas durante sua festa de aniversário e depois gravou CDs para distribuir entre seus convidados. Nem todas as músicas reproduzidas tinham autorização de seus compositores e nem atendiam ao Decreto nº 4533/02, que obriga que cada exemplar tenha código de barras e CNPJ do produtor do disco.

O prefeito também não comentou a acusação do ex-sindicalista Wagner Cinchetto de que Marinho, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), e o candidato a deputado estadual Carlos Grana (PT) estivessem no comando da violação de dados sigilosos na Receita Federal de Mauá para a fabricação de dossiê contra tucanos. "Falar que eu comando Receita Federal de Mauá é muito ridículo. Sem comentários."




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