O secretário de Obras, Edson Abussafi dos Santos, admitiu que o campo está localizado em uma área que reúne três terrenos, e que dois são propriedade particular. Segundo Abussafi, uma parte pertence à Emae, autarquia do governo do Estado e outra é uma fazenda, cujo proprietário teria dívidas em impostos com a administração. Somente uma terceira parte pertence à Prefeitura.
A suspensão da obra foi determinada na semana passada, depois que fiscais da Emae estiveram no local para verificar a área. Abussafi disse que estranhou a vinda de representantes da empresa. “A Emae nunca mandou ninguém a Rio Grande da Serra para fiscalizar coisa alguma. Sentimos que eles iriam criar dificuldades e, por isso, determinamos a suspensão da obra para fazer o levantamento topográfico”, afirmou.
A assessoria de imprensa da Emae confirmou que parte do terreno pertence à autarquia. Segundo assessores, a empresa soube da obra por meio de um fiscal que estava inspecionando outra área próxima ao campo. Um relatório feito pelo fiscal resultou na visita de técnicos da Emae.
A assessoria da Emae explicou que a empresa deveria ter sido consultada pela Prefeitura antes do iniciar a obra, o que não aconteceu. A partir da solicitação da Prefeitura, a Emae solicitará a autorização dos órgãos ambientais, que permitirão ou não a construção dos vestiários. A consulta é obrigatória porque o campo está localizado em área de proteção ambiental.
O secretário de Obras disse que a administração classificava o terreno como de domínio público, uma vez que o campo era utilizado por moradores há mais de 20 anos. A intenção, segundo ele, era realizar obras de melhorias para os usuários. Com a suspensão dos trabalhos, o secretário acredita que a obra, prevista para ser entregue em 15 de setembro, terá atraso de 30 dias.
Apesar do impasse, o prefeito Ramon Velasquez (PT) disse que a intenção de seu governo é regularizar a situação do terreno para dar continuidade à obra.
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