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Greve em Etec de S.Caetano deixa 1.750 alunos sem aulas
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
17/05/2011 | 07:10
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A maioria dos funcionários e professores das Etecs e Fatecs do Estado começou greve ontem. A ação foi decidida em assembleia do setor, no dia 10, e lançada na sexta-feira. Cerca de 65% dos 15 mil profissionais aprovaram a iniciativa. Na região, a única unidade da Etec a fechar as portas foi a Jorge Street, em São Caetano. A ação mandou de volta para casa ontem 1.750 alunos. Uma funcionária da escola disse à equipe que na sexta-feira - dia de reunião que definiu a ação - também não houve.

Marli Barbosa da Silva Davi, mãe de uma aluna do Ensino Médio, disse que na semana passada já havia boatos de greve circulando na Etec. "Na quinta-feira houve reunião em que a coordenadora disse que teria essa assembleia", contou Marli. "Mas disseram que nessa semana haveria confraternização de aniversário da Etec e que os alunos deveriam comparecer normalmente (ontem). Achei estranho, primeiro tem festa e depois greve?".

A coordenadora da unidade não foi localizada, mas a funcionária disse que os alunos devem acessar o portal da escola para saber se haverá reunião com os pais sobre o tema. O Centro Paula Souza considerou que a greve era parcial na Jorge Street.

O vice-presidente da Sinteps (Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza), Salvador dos Santos Filho, criticou o governo estadual por ter anunciado correção de 11% à classe, no dia 12. "Nossa data-base era para março. Não nos ligaram e ele (Geraldo Alckmin, governador) nos atropelou com esse reajuste, de R$ 1,10 por hora aula (a professores iniciais das Etecs). Como o movimento cresceu nos disseram que não falariam com grevistas." Para professores iniciais da Fatec, o piso é de R$ 18, por hora. Com o reajuste chegará a R$ 19,98. Filho disse que a categoria pede 58% para professores e de 71% aos demais funcionários. "Estão há seis anos sem aumentos."

A Etec Lauro Gomes, em São Bernardo, paralisou parcialmente. As de Ribeirão Pires, Santo André, Diadema e Mauá funcionaram normalmente ontem.

Filho disse que as correções dos salários, nas escolas e faculdades técnicas serão repassadas em agosto. O Centro Paula Souza afirmou, no entanto, que valerá a partir de julho. Também disse ter feito levantamento com 239 unidades, das quais 85,3% não aderiram à paralisação e em 5,4% ela era parcial.

Ressaltou que está previsto para este ano novo plano de cargos e salários. E informou que na região existem 10.513 matrículas nas Etecs e, nas Fatecs, o número é de 2.732.




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