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Argentinos promovem manifestações a três dias da eleição
Do Diário OnLine
Com AFP
24/04/2003 | 18:40
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Centenas de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira, a três dias das eleições presidenciais argentinas, para protestar contra a pobreza e o desemprego que assolam o país. Dezenas de manifestações também foram registradas no interior da Argentina.

membros do Movimento de Trabalhadores Desempregados Aníbal Verón (MTD) bloquearam ao meio-dia a ponte Pueyrredón, que une a capital à populosa área sul de Buenos Aires, na circunscrição de Avellaneda.

Construída sobre o Riachuelo, afluente do rio da Prata, a ponte é uma das mais utilizadas por ônibus, caminhões e veículos particulares. O bloqueio dela provoca grandes engarrafamentos na capital argentina.

Um outro grupo de manifestantes, organizado pelo Movimento Independente de Aposentados e Pensionistas, ficou concentrado na Plaza Constitución, onde está uma das centrais de trens mais importantes da capital.

Manifestações também foram marcadas para a fábrica Brukman, no bairro de Balvanera. Trabalhadores da indústria têxtil foram duramente reprimidos pela polícia num protesto realizado segunda-feira passada. Trinta pessoas ficaram feridas e cerca de 100 foram presas.

Outro protesto aconteceu na cidade de General Pico, na província de La Pampa (centro), onde os produtores agrários colocaram nas ruas cerca de trinta tratores e 200 caminhonetes para pedir soluções para a crise do setor. O presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), Eduardo Buzzi, assegurou que foi o "mais importante protesto do interior do país".

Na cidade de Ushuaia, província da Terra do Fogo, trabalhadores metalúrgicos bloquearam uma estrada nacional para pedir a reincorporação de 100 operários da empresa New San, proprietária das fábricas de Sanyo, Noblex, Electronic System e Sansei. Os trabalhadores queimaram pneus na calçada e depois caminharam sob uma forte chuva para a subsecretaria de Trabalho e para Casa de Governo.

Em Jujuy (norte), fontes sindicais anunciaram a libertação de oito dirigentes dos sindicatos estatais que haviam sido detidos na terça-feira depois de uma manifestação por aumentos salariais em frente à sede do Executivo, onde a polícia os reprimiu com gases e balas de borracha.

Segundo Raúl Castells, um dos organizadores das manifestações, muitos argentinos sairão às ruas no próximo domingo (data da eleição) para festejar "a vitória do voto nulo" e reforçar o lema "que saiam todos os políticos". Os insatisfeitos qualificam o pleito de "farsa".




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