Política Titulo
Simon pede que oposição não obstrua votação do Orçamento 2006
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
12/12/2005 | 17:09
Compartilhar notícia


Próximo do início do recesso parlamentar e com a necessidade de se votar com urgência o Orçamento Geral da União para 2006, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu para que os partidos de oposição, em especial PFL e PSDB, não obstruam as votações. "Não é correto deixar de votar o orçamento, esta é uma obrigação do Congresso Nacional", afirmou o parlamentar.

No entanto, o senador José Jorge (PFL-PE, líder da minoria na Casa, reafirmou a determinação do seu partido de obstruir a votação do orçamento. A oposição quer a manutenção dos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito dos Correios e dos Bingos, em janeiro. As declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, no Uruguai, acusando de "golpista" setores da oposição contribuiu, segundo José Jorge, para que "as negociações com a oposição fossem suspensas".

"O governo, se quiser votar o orçamento, que bote sua maioria na Câmara e no Senado, como fazíamos no governo Fernando Henrique Cardoso", afirmou o líder da minoria. José Jorge também afirmou que a oposição vai tentar aprovar, nesta terça-feira, na CPI dos Bingos, o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

O ex-presidente da República e ex-presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), discorda da postura da oposição de misturar questões políticas com a votação do orçamento da União. "Esta é a principal tarefa do parlamento. Qualquer divergência política entre governo e oposição não deveria atingir o orçamento", afirmou.

Sarney ressaltou que, ao obstruir a votação do orçamento, os congressistas acabam por abrir mão "de participar, efetivamente, da administração pública". Amanhã, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reunem-se para decidir pela autoconvocação ou não do parlamento.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;