Para a apresentaçao, a professora Miti Warangae escolheu o grand pas de deux de A escrava e o mercador, que garantiu um segundo lugar no III Festival de Inverno de Danças de Sao Paulo, no início do mês. Esta é a segunda participaçao da escola no Festival de Joinville, que no ano passado levou um grupo de 14 bailarinos, mas nao conseguiu figurar entre os três primeiros colocados.

Apesar do bom desempenho da dupla até o momento, Miti fala com cuidado sobre suas expectativas. "É um festival muito difícil, tido como o maior da América Latina. Eu vejo como uma oportunidade de mostrar o trabalho da escola e acho que só o fato de estar selecionado para a mostra já é uma vitória."

Repertório difícil - A professora mostra, ainda, uma certa ansiedade em relaçao aos métodos de julgamento. "A dança clássica de repertório é difícil. Existe a técnica, que é muito valorizada, mas nao é só. Há também a interpretaçao dos personagens, é uma parte artística que está se perdendo um pouco nos festivais. Nós procuramos fazer um trabalho de qualidade que leva em conta esses dois fatores e espero que isso seja avaliado", diz.

Independentemente do resultado, Miti vê a apresentaçao como uma experiência única na carreira dos bailarinos. "O Wilson é mais experiente, e sabe bem a dimensao daquele palco, mas a Lucila tem apenas 16 anos. Acho que para ela o desafio é maior", avalia.

A bailarina compartilha da opiniao de Miti. "Eu já achei aquilo emocionante no ano passado, quando dancei no grupo. Agora estou muito ansiosa, porque seremos só nós dois no palco e, na variaçao, ficarei sozinha", diz.

A noite desta quarta-feira terá competiçoes em outras cinco categorias de balé clássico, além da apresentaçao especial da bailarina Cecília Kerche.