Economia Titulo
Sem acordo, metalurgia aprova estado de greve
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
15/09/2011 | 07:30
Compartilhar notícia
Divulgação


Setenta mil trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aprovaram o estado de greve, ontem à noite, durante assembleia ocorrida em Diadema. As notificações serão entregues às empresas, que terão até terça-feira para apresentar contraporposta aos trabalhadores, que representam 65% da massa de 108 mil pessoas no Estado.

Segundo o presidente da entidade, Sergio Nobre, a categoria quer 5% de aumento real durante dois anos (descontada a inflação) mais bonificações conforme o salário médio dos metalúrgicos. Os índices oferecidos pelo sindicato patronal foram entre 0,74% e 1,49%.

Os trabalhadores que estão com o acordo salarial indefinido pertencem aos setores de fundição, estamparia, eletrônicos, autopeças, refrigeração e iluminação. "Conseguimos fechar os acordos com as montadoras sem grandes traumas. Agora a expectativa é que o mesmo aconteça com os demais grupos", diz o sindicalista.

Se não obtiverem a resposta satisfatória, os funcionários decidirão ou não pela paralisação total das atividades. O presidente da entidade pontua que a incerteza dos rumos da economia para 2012 é o fator que está atrapalhando as negociações deste ano.

MONTADORAS - Os 35,9 mil metalúrgicos das empresas Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota aceitaram no fim de agosto acordo de dois anos que garante 5% de aumento real à categoria mais abono de R$ 2.500. Outro benefício conquistado nas negociações foi a licença-maternidade de 180 dias.

Os funcionários da General Motors, em São Caetano, aprovaram na segunda-feira reajuste salarial de 10,8% proposto pela montadora. Os salários de setembro já virão com a correção, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

 

Massa de 115 mil está prestes a cruzar os braços no Estado

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP entregou ontem comunicado de greve à bancada patronal que reúne os setores autopeças, forjaria e parafusos durante rodada da campanha salarial, realizada no bairro de Santo Amaro, na Capital. A base, composta por 115 mil profissionais no Estado, poderá cruzar os braços por tempo indeterminado daqui a 48 horas.

Na avaliação do vice-presidente da entidade, Marcos Aparecido Ferraz, o Marcão, se não houver avanço na próxima rodada, agendada para o dia 16, na sede da FEM, em São Bernardo, os trabalhadores entrarão em greve. "Infelizmente, esta contraproposta não atende os nossos anseios e, por isso, rejeitamos na mesa", frisa.

O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores não respondeu ao pedido de entrevista até o fechamento desta edição. A entidade representa cerca de 500 associados entre empresas nacionais e estrangeiras.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;