Cerca de 300 militantes da organização humanitária Anistia Internacional se reuniram neste sábado diante da réplica da estátua da liberdade em Paris por ocasião do quinto aniversário da criação do campo americano de Guantánamo, para pedir seu fechamento.

Vestidos com um macacão laranja e uma máscara branca, como os prisioneiros da base americana de Guantánamo, em Cuba, os manifestaantes formaram vários quadros, entre eles um representando o número "420", simbolizando o número de pessoas ainda detidas no campo.

A cinco dias do aniversário da abertura de Guantánamo, em 11 de janeiro de 2002, os militantes clamaram: "Fechem Guantánamo, agora!".

"Estamos aqui para denunciar os abusos cometidos neste campo", declarou à AFP Geneviève Sevrin, presidente de Anistia Internacional.

Mourad Benchellali, 25 anos, capturado no Paquistão e detido durante 30 meses em Guantánamo, se juntou à manifestação. "Ações como esta recolocam as coisas no caminho certo. É preciso respeitar os direitos humanos", afirmou.

Sete franceses ficaram presos em Guantánamo. Seis deles, que voltaram à França em 2004 e em 2005, compareceram em julho de 2006 ante a justiça para responderem por "associação criminosa ligada à organização terrorista. Benchellali é um desses seis.

A justiça pediu mais informações sobre o caso e adiou o julgamento para maio de 2007, ordenanndo também o comparecimento dos agentes dos serviços secretos franceses que interrogaram secretamente os prisioneiros em Guantánamo.

A Anistia Internacional anunciou em comunicado ter entregue na sexta-feira à embaixada dos Estados Unidos na França 93.749 assinaturas pedindo o fechamento do campo de Guantánamo.