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Alckmin confirma fim da crise hídrica
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
08/03/2016 | 07:00
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O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou ontem o fim da crise hídrica, conforme adiantou o presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Jerson Kelman, com exclusividade para o Diário em reportagem publicada na edição de ontem. “A questão da água está resolvida”, disse Alckmin em seminário na Associação Comercial de São Paulo, no Centro.

Ainda conforme o governador, os atuais índices de 58% de armazenamento no Sistema Cantareira e 39,5% no Alto Tietê, os mais afetados durante a crise hídrica, seriam suficientes para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo durante quatro ou cinco anos de seca. O Sistema Rio Grande, braço produtor da Billings, operava ontem com 93,8% da capacidade.

Alckmin também destacou que não há risco de falta d’água, mesmo que as chuvas se tornem escassas. O governador argumentou que o Estado enfrentou a maior seca da histórica sem decretar rodízio oficial, embora tenha havido redução de pressão nas torneiras, o que ocasionou desabastecimento em bairros mais altos.

Assim como Kelman adiantou para o Diário, Alckmin destacou o esforço da população e as obras realizadas pela Sabesp, entre elas a interligação entre os sistemas Rio Grande e Alto Tietê. Inaugurado em setembro, o projeto beneficiou 1,1 milhão de pessoas na Região Metropolitana, incluindo 100% de São Caetano.

O governador destacou a interligação de sete sistemas e a criação do Sistema São Lourenço, por meio de PPP (Parceria Público-Privada) e com capacidade de gerar mais 6,4 m³/s de água.

SABESP

De acordo com boletim divulgado ontem pela Sabesp, o volume somado dos sistemas de abastecimento de água da Grande São Paulo ultrapassou o nível do início da crise hídrica, mesmo sem contar com as reservas técnicas. Ontem o índice integral era de 39,95%, contra 6,23% no dia 7 de março de 2015 e 33,14% no dia 7 de março de 2014. O volume equivale a 746 bilhões de litros atualmente, contra cerca de 116 bilhões há um ano e 619 bilhões dois anos atrás.

Já sobre a permanência do programa de bônus e o ônus, a Sabesp e a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) estão avaliando o momento oportuno de descontinuá-lo, como já anunciado ao Diário por Kelman.




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