Na verdade, existem espécies de bananas que têm sementes, como a banana selvagem, por exemplo. Mas não é o caso das frutas que estamos acostumados a comer no dia a dia e a encontrar nos mercados. Aqueles pontinhos pretos localizados no seu eixo central não são sementes, mas, sim, apenas óvulos não fecundados da flor da bananeira.

Ao contrário de outras espécies, não é com a ajuda de sementes que o fruto nasce. Você pode plantar a bananeira por meio de uma muda da própria planta. Na natureza, o que acontece geralmente é a reprodução de forma assexuada, por meio da propagação vegetativa do rizoma. O rizoma é como um caule horizontal que as bananeiras têm por baixo da terra. Dele nascem outras bananeiras. Assim, elas se reproduzem com a ajuda de estímulos hormonais, como a partenocarpia (processo de formação de frutos sem fecundação dos óvulos, que resulta na ausência de sementes ou em sementes estéreis). Em resumo, as bananas se reproduzem praticamente sozinhas, já que uma bananeira nasce diretamente da outra.

A grande vantagem de plantas que se desenvolvem dessa forma é que elas crescem e dão frutos mais rapidamente do que as outras mais comuns, que precisamos esperar a semente brotar para então se desenvolver. Por outro lado, por terem os hormônios idênticos à ‘planta-mãe’, se a bananeira original possuir alguma anomalia, as outras que surgirem também terão essa característica.

Existem diversos tipos de banana, entre as que são cultivadas no quintal de casa ou por fazendeiros até aquelas mais ‘selvagens’, encontradas somente no meio da mata. São quase 1.000 espécies diferentes espalhadas pelo mundo. No Brasil, as mais conhecidas são banana-ouro, nanica, maça, prata e banana-da-terra.

Não é possível se indicar com exatidão a origem da bananeira, pois ela se perde entre relatos das mitologias grega e indiana. Por coincidência, ou não, a Índia é o maior produtor de bananas do planeta.