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Câncer – ele passou em minha vida
Do Diário do Grande ABC
03/03/2016 | 09:17
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Artigo

Ao ser diagnosticada com câncer de mama fiquei sem chão. Não conseguia falar, só chorava e perguntava por quê? Por que Deus estava me punindo? Pensava nos meus filhos, meu marido, meu irmão e meu pai. Como ficariam se eu partisse? Muitas lágrimas, desespero, angústia e revolta. Conversando com uma prima, ela me ensinou a perguntar ‘para que’ e não ‘por quê’. Aí veio a fase do conhecimento. Procurei descobrir o meu tipo de tumor, sim, porque existem vários. Qual seria o tratamento e percebi que o câncer não era bicho de sete cabeças. A palavra câncer assusta, porém tudo depende do seu estágio, das medicações, do tratamento e da fé.

Aí veio a tão temida quimioterapia vermelha. Graças a Deus, às orações, aos amigos especiais de Minas Gerais e aos medicamentos, seus efeitos foram os mínimos possíveis; mas um não pôde ser driblado: a alopecia. Meus cabelos começaram a cair após 15 dias. E sabe o que isso mudou em mim? Nada! Absolutamente nada! Sou e estou feliz com a minha aparência, com a minha careca. Meus filhos e meu marido acharam-na linda e isso para mim basta. Não preciso gastar minha energia com a aparência porque sei que os efeitos são transitórios e a cura é permanente!

Perdi fisicamente alguns amigos para essa doença. Perdi alguns amores (minha mãe, minha prima e minha irmã), inclusive minha irmã pude acompanhar de perto, sofri com o seu sofrimento, mas ela sempre acreditou em Deus e nunca deixou de pedir e agradecer a Ele. Ela é a minha força! Acredito no livre-arbítrio, na bondade e, acima de tudo, no amor. No hospital vejo muitas pessoas debilitadas, mas estão ali de pé, com lenços na cabeça, brincos, maquiagens, bonés, chapéus, sorrindo e lutando.

Sabe a frase ‘para Deus nada é impossível’? É verdade. Mas você não pode colocar o seu problema no colo de Deus e ficar esperando. É preciso levantar-se, armar-se e ir à luta com toda a sua força. Remédios podem aliviar e combater a dor física, mas e a dor da alma? A cura dessa dor está na sua fé.

Mulheres, não se sintam feias com seus corpos ‘imperfeitos’. Tudo isso um dia acaba e ficam as boas lembranças, o amor que conquistamos e doamos. Às jovens mulheres que ainda não têm idade suficiente para realizar a mamografia: não deixem de fazer o autoexame todo mês. Essa doença é silenciosa e o seu diagnóstico precoce, em muitos casos, a chave do sucesso.

Amem-se, toquem-se e, ao menor sinal de anormalidade, procurem o médico. Se não der para fazer a mamografia, façam a ressonância, pois é exame tão importante quanto. Suas vidas dependem disso!

Mônica C. Augusto Perez é analista fiscal na Xerox, unidade GM, e paciente no Hospital A. C. Camargo em Santo André. 

Palavra do leitor 

Nada de bom
A classe média é explorada e chama atenção. Na política brasileira há dicotomia entre petistas e tucanos. Ricos mais ricos. Pobres mais pobres. É inconcebível o governo brasileiro desembolsar R$ 56,2 bilhões, em janeiro, para pagar juros aos bancos e especuladores para rolagem da dívida. Basta de tudo isso! Petistas, tucanos, esquerda, direita, tanto faz! São 24 anos explorando a classe média. Só há discursos demagógicos, escândalos, Lava Jato, merenda escolar incompleta, vendas de medidas provisórias, desvios de dinheiro, obras inacabadas etc. Não desdenhem do povo brasileiro. Chega!
Ronaldo Duran
Santo André

Não vou mais
Em apoio à leitora Vilma Carvalho sobre o mau atendimento que recebeu em estabelecimento que vende remédios (Drogarias, dia 26), vou evitar de usar a Drogaria São Paulo.
Vanderlei Donisete Cândido
São Bernardo

Resposta
Sobre a carta do leitor Mauri Fontes (IPTU, dia 26), o Semasa informa que a diferença no valor da cobrança da taxa de coleta do munícipe ocorreu porque o imóvel do usuário estava cadastrado com classificação fiscal errada em nossos sistemas. Após estudo realizado pela gerência comercial do Semasa, no segundo semestre de 2015, o problema foi corrigido em dezembro. Por isso, até a conta de janeiro de 2016 a taxa de coleta estava sendo faturada conforme área edificada da classificação fiscal incorreta. A partir da conta de fevereiro, a taxa passou a ser calculada de acordo com a área edificada da classificação fiscal correta. Em consulta ao banco de dados municipal, a classificação fiscal do imóvel do usuário possui duas edificações, totalizando 407 m² de área construída, sendo que essa área está sendo dividida em partes iguais com o outro usuário cadastrado na mesma classificação fiscal, conforme a Lei Municipal 9.439/12.
Semasa

Cartel
Diante de tantas notícias sobre investigações em andamento na administração pública feitas por Ministério Público e Polícia Federal por este Brasil afora, será que não há possibilidade de formação de cartel no fornecimento de papel higiênico para o Palácio do Planalto? Olha...
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Português
Não dá para ficar omisso quando vemos a municipalidade ‘patrocinar’ e ‘endossar’ erro de Português como o no outdoor que se encontra na Avenida Kennedy, praticamente defronte ao Fórum e ao Ginásio Poliesportivo de São Bernardo. Atentem para o texto: ‘Somos o que quisermos ser’. ‘Somos’ é a primeira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ‘ser’, e está em absoluta discordância de tempo verbal com ‘quisermos’, que é a primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo do verbo ‘querer’. Mas se não fosse pelo rigor do idioma pátrio, a simples verbalização do texto já faria notar algo de errado. É a municipalidade prestando desserviço à cultura.
Eduardo Giorfi
São Bernardo




Comentários

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