Política Titulo Mauá
Vanessa enterra relação entre clãs Damo e Grecco

Com críticas ao ex-prefeito José Carlos Grecco,
deputada rechaça aliança com Atila ou Donisete

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
22/02/2016 | 07:48
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Ricardo Trida/DGABC


Após resgatar sua pré-candidatura à Prefeitura de Mauá, a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) afastou ainda mais a relação entre os clãs Damo e Grecco para a eleição de outubro. As duas famílias tinham trajetória política ligadas desde a primeira gestão de Leonel Damo (PMDB, 1983-1988), mas que vinha enfraquecida desde o início da administração Donisete Braga (PT), com a saída do vereador Edgard Grecco do PMDB (hoje está no Pros, mas vai para o PSDB) e sua aproximação com o governo petista.

Ao lado de Vanessa, o presidente municipal do PMDB e marido da parlamentar, José Carlos Orosco Júnior, revelou mágoas com o ex-prefeito José Carlos Grecco (1993 a 1996), que integrou a campanha de Vanessa em 2012. “Fizemos algumas composições que, em troca, pediram uma posição estratégica dentro da campanha. Só que essa pessoa é quem vendia informação para o nosso adversário, buscando benesse pessoal. Tanto é que o Donisete ganhou a eleição e começou a fazer negócio com quem ocupava esse cargo estratégico na campanha”, relembrou, ao acrescentar que o distanciamento entre as duas famílias “é fundamental para a carreira” da peemedebista. “Sempre vincularam a Vanessa à família Grecco. Não existe mais isso. Hoje, os Grecco estão com o (ex-prefeito de Ribeirão Pires e pré-candidato a prefeito de Mauá, Clóvis) Volpi (PSDB) e os Damo andam sozinhos. Damo hoje é a Vanessa, não mais o Leonel.”

A volta de Volpi a Mauá, onde o tucano foi vereador, teve apoio de José Carlos Grecco, irmão de Edgard. Ao fim do seu primeiro governo, em 1988, Leonel escolheu José Carlos para disputar a sucessão. Na ocasião perdeu para Amaury Fioravanti (extinto PL, hoje PR). A vitória só veio quatro anos mais tarde. Edgard, por sua vez, retornará ao ninho tucano para disputar a reeleição e pedir votos a Volpi, isso se o tucano viabilizar sua candidatura – o PSDB paulista já não confia na participação do ex-gestor no processo eleitoral.

ALIANÇAS
Vanessa rechaçou ainda selar aliança com o também parlamentar Atila Jacomussi (PCdoB) ainda no primeiro turno. A parlamentar negou a possibilidade de desistir da disputa de outubro. Nos bastidores, ventilava-se que a peemedebista abriria mão do processo eleitoral para se dedicar ao mandato na Assembleia Legislativa e às duas filhas pequenas. “Houve vários boatos que eu não seria candidata (ao Paço, neste ano). Com certeza serei candidata a prefeita e com condições jurídicas para disputar a eleição. Descarto para o primeiro turno qualquer aliança com a oposição, pois minha pré-candidatura está colocada”, assegurou a deputada, que vinha defendendo composição entre oposicionistas para impedir a reeleição de Donisete, como indicação de vice de Atila.

Outra parceria descartada pela deputada foi com o próprio prefeito, caso abrisse mão da disputa majoritária. “Não cabe nenhuma parceria com o Donisete. Sou a única pré-candidata que não tem relação com esse governo”, disse, em referência à passagem de Atila na gestão petista. 




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