O argumento de Geithner é que o yuan artificialmente atrelado ao dólar exacerba os fluxos de capital que já chegam com abundância ao Brasil por causa dos juros altos e do bom desempenho da economia do País. Esse movimento provoca uma forte valorização do real, que prejudica a indústria brasileira. Uma mudança na política cambial chinesa aliviaria esse problema.
Uma fonte presente à reunião entre as duas autoridades contou que Mantega disse apenas que "o Brasil é contra manipulação de moedas de forma geral", mas não se comprometeu em apoiar os EUA. Nos próximos dias 18 e 19, ocorre encontro de ministros da Fazenda do G-20 em Paris.
O governo brasileiro está bastante preocupado com a "invasão de produtos chineses" e já se comprometeu com a indústria a tomar medidas de defesa comercial. Mantega cogita questionar a China na Organização Mundial de Comércio (OMC), argumentando que a manipulação cambial distorce o comércio. O problema do Brasil em apoiar os Estados Unidos, no entanto, é que Mantega também considera os americanos responsáveis pela "guerra cambial". Para reaquecer sua economia, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) emitiu uma grande quantidade de recursos, que acabaram canalizados para os mercados emergentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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