Mitos, medo da agulha e a ausência de cultura de doação regular são os principais motivos para o brasileiro não doar sangue. O índice de doadores atinge apenas 1,8% da população, enquanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza que a média seja entre 3% e 5%.

Entre os principais mitos estão que a doação "engrossa" o sangue e entope as veias ou, ainda, que faz com que "afine", "vire água" e cause anemia. Ao contrário do que dizem, quem doa sangue uma vez não tem de doar sempre. Além disso, a doação não engorda, emagrece ou vicia.

Responsável por administrar quatro pontos de coleta na região da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), a gerente administrativa Denise Aparecida Coelho Ximenez diz que a maior dificuldade na região é conseguir doadores espontâneos. "O que garante nosso estoque são os doadores de reposição, familiares de pessoas que estão nos hospitais e são abordados pelos captadores."

Atualmente há 4.100 bolsas de sangue nos quatro pontos de coleta da Colsan, o equivalente a 80% do estoque. A preocupação é com o próximo mês, quando historicamente com a chegada do inverno e das férias o número de doadores cai 30% em média.