Um dia depois de endurecer o embargo à venda de armas e equipamentos militares a Caracas, os Estados Unidos pediram nesta terça-feira à Venezuela que deixe de "vomitar retórica inflamada, para desviar a atenção" de seus problemas e se concentre em lutar contra o terrorismo.

O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, negou mais uma vez que Washington planeje atacar a Venezuela, tal como acusa o governo de Hugo Chávez, ao ser ouvido sobre declarações do chanceler venezuelano, Ali Rodríguez.

Rodríguez assegurou que os Estados Unidos preparam "as condições políticas para o ataque" contra a Venezuela.

No informe anual sobre o terrorismo em 2005, publicado no final de abril, o Departamento de Estado anunciou que a "Venezuela virtualmente cessou sua cooperação na guerra mundial contra o terrorismo".

Segundo McCormack, a Venezuela desenvolveu "uma relação de cooperação em inteligência mais próxima e forte" com o Irã e Cuba, que Washington considera países patrocinadores do terrorismo.

Disse também que os Estados Unidos se preocupam com o fato de o país andino "servir como trânsito para alguns tipos de armas", assim como seu vínculo com as guerrilhas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional).