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Bachelet diz que pensou no Chile ao negar funeral de Estado
Da AFP
11/12/2006 | 13:43
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A presidente chilena, Michelle Bachelet, disse implicitamente nesta segunda-feira que não decretou um funeral de Estado para o ex-ditador Augusto Pinochet porque pensou no país.

"Em uma sociedade, em um país, quando não existem normas ou leis previstas para determinadas situações, nós, os líderes e governantes, temos que tomar decisões pensando no país", explicou Bachelet, sem citar diretamente o nome de Pinochet.

"Vimos nas últimas horas gestos de divisão que não nos agradam, mas sei que, como país e como sociedade, temos a fortaleza ética necessária para conseguir o reencontro", declarou, referindo-se às manifestações de domingo de simpatizantes e de detratores do ex-ditador, que dirigiu o Chile entre 1973 e 1990.

Os restos de Pinochet serão cremados na terça-feira, depois de receber as honras militares. O ex-ditador não terá, no entanto, um funeral de Estado, e não haverá luto nacional no dia de sua morte, uma honra reservada aos ex-presidentes da República.

O ministro do Interior, Belisario Velasco, frisou que Pinochet não merecia um funeral de Estado por ter sido "um ditador de direita clássico, culpado de graves violações dos direitos humanos".



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