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Autoridades extraditam 31 presos em Bogotá
Do Diário do Grande ABC
14/10/1999 | 14:20
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As autoridades dos Estados Unidos e da Colômbia dao início aos trâmites de extradiçao de 31 colombianos presos na "Operaçao Milênio", uma das maiores empreendidas mundialmente contra o narcotráfico.

A Justiça colombiana declarou que o líder da rede, Alejandro Bernal Madrigal, é o sucessor do grande barao da droga mexicano Amado Carrillo Fuentes.

Segundo o vice-promotor Jaime Cordóva Triviño, Bernal Madrigal, até entao desconhecido no mundo da droga na Colômbia, "tinha a liderança da organizaçao e era de alguma maneira o sucessor da rede um dia liderada (no México) por Amado Carrillo Fuentes, que foi o chefe do cartel de Juárez e um dos maiores fornecedores de drogas ao mercado dos Estados Unidos".

'Ele tinha como sócio principal o colombiano Alejandro Bernal Madrigal, que assumiu depois de sua morte o comando e monopolizou o transporte e comercializaçao da droga que é hoje consumida nos Estados Unidos", declarou Córdova Triviño, em uma entrevista à rede de rádio Caracol.

Carrillo Fuentes, conhecido como o 'Senhor dos Céus`` devido a enorme frota aérea que possuía no México para o transporte da droga, morreu no dia 4 de julho de 1997 em uma das salas de cirurgias quando se submetia a uma operaçao plástica para mudar o rosto.

Conforme declaraçoes de Trivino, Bernal Madrigal, que esteve preso no México em 1989 acusado de narcotráfico, comandava além do transporte e comercializaçao da cocaína,um império financeiro que lhe proporcionava a exportaçao de drogas no valor de US$ 800 mil a US$ 1 milhao diários para a Colômbia.

Fabio Ochoa Vásquez, um dos líderes do cartel de Medellín que ficou cinco anos e meio na prisao condenado por tráfico de drogas e enriquecimento ilícito, também foi capturado e, segundo o vice-promotor, era sócio de Bernal Madrigal no contrabando de 30 toneladas mensais para os Estados Unidos e a Europa.

A chancelaria colombiana está à espera dos pedidos de extradiçao que devem ser feitos pelos tribunais dos Estados Unidos, para que tramitem de acordo com a Constituiçao e a lei colombianas.

Os pedidos devem referir-se aos crimes cometidos depois de 17 de dezembro de 1997, quando foi restabelecida a extradiçao devendo ser aprovadas pela Sala Penal da Corte Suprema de Justiça.

Segundo Trivino, o trâmite pode demorar pelo menos seis meses porém acrescentou que o processo já está " em marcha", com a expediçao das ordens de captura.

O processo consiste basicamente em extraditar os 31 colombianos, que permanecerao detidos, sem que sejam indiciados na Colômbia por nao possuírem processos penais pendentes e nao terem confessado nenhum crime.

Enquanto isso, continua a busca a alguns envolvidos com a organizaçao de traficantes que ainda continuam soltos.

'Esperamos fazer outras capturas dentro desta operaçao sem precedentes a nível mundial contra as organizaçoes dedicadas ao tráfico de drogas``, declarou Córdova Triviño.




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