Centenas de milhares de pessoas se reuniram neste sábado em todo o mundo para protestar contra um ataque ao Iraque, na véspera da cúpula entre Estados Unidos, Grã-Bretanha e Espanha, considerada como a "última etapa" diplomática antes do começo da guerra. No mês passado, cinco milhões em todo o mundo saíram às ruas para protestar contra a iniciativa norte-americana de atacar Bagdá.

No Brasil, a maior manifestação ocorre em São Paulo, das proximidades da avenida Paulista até o Parque do Ibirapuera. Segundo os organizadores, 50 mil pessoas participam do protesto; 40 mil, segundo a estimativa da Guarda Civil Metropolitana (GCM). No fim da passeata, algumas pessoas queimaram uma bandeira norte-americana. Houve ainda confronto entre a polícia e os manifestantes. Não se sabe se alguém ficou ferido.

Nos Estados Unidos estão marcados protestos em Washington (em frente à Casa Branca) e San Francisco, além de outras cidades menores. Em Bagdá, milhares de iraquianos saíram às ruas para protestar contra a guerra.

Mas a maior mobilização fica por conta dos países europeus. Em Paris, 55 mil pessoas, segundo a polícia, participaram das manifestações. Outras 40 cidades francesas também registraram protestar.

Na Espanha, cerca de 500 mil manifestantes saíram às ruas de Barcelona. A manifestação começou na sede do consulado americano e terminou na sede catalã do Partido Popular (PP, partido no poder), do presidente de governo José María Aznar.

Moscou, por sua vez, preparou dois protestos diferentes – um deles é organizado pelo Comitê do Partido Comunista de Moscou e o outro é promovido pelo movimento político Eurásia, que luta pela aliança das forças ortodoxas e islâmicas na Rússia.

Também foram verificados protestos na Malásia, Tailândia, Japão, Israel, Austrália e Bangladesh.