A explosão de um carro-bomba deixou pelo menos 14 pessoas mortas e 100 feridas nesta segunda-feira, nas imediações de uma escola de uma aldeia do sul da Caxemira indiana, informaram a polícia e o exército.

Um número divulgado anteriormente informava sobre 12 mortos e 80 feridos, sendo que seis pessoas teriam morrido na hora e outras seis quando eram levadas ao hospital. Entre os feridos estão alguns estudantes - sendo que oito estão em estado crítico - que foram levados ao hospital de Srinagar em ambulâncias, automóveis particulares e microônibus.

O atentado aconteceu no povoado de Pulwama, 30 km ao sul da capital do estado indiano da Caxemira, Srinagar, às 11h, horário de plena atividade dos habitantes. O porta-voz do exército, Vijay Batra, disse que a explosão foi provocada por um carro-bomba.

"Foi uma explosão forte que nos fez sair de casa. Vi pessoas jogadas ao chão, algumas sangravam muito", declarou o aposentado Ghulam Mohamed. A mesma testemunha afirmou que vários veículos ficaram danificados na explosão, que também quebrou as janelas de várias lojas, casas e edifícios, além de ter provocado o pânico entre as pessoas próximas ao local do ataque.

A Caxemira vem sendo cenário freqüente de atos de violência, apesar do processo de paz iniciado por Índia e Paquistão para solucionar o problema da região em litígio, que já provocou duas guerras entre os dois países. Cada país controla uma parte desta região do Himalaia, mas ambos reivindicam a totalidade do território. Uma média de entre oito e dez pessoas morrem diariamente na Caxemira indiana, um dos conflitos mais sangrentos do planeta.