A Pirelli dará 13 dias de férias coletivas para os funcionários da fábrica de Santo André. O objetivo é ajustar a produção diante da queda na demanda por pneus novos. Balanço da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) mostra que, no ano passado, a venda de pneus para as montadoras caiu 23,9% no Brasil. Mesmo com alta de 9% na comercialização de unidades para reposição, o setor retraiu 1,2% em relação a 2014.

O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Marcio Ferreira, afirma que, além das férias coletivas, a empresa pretende demitir mais 120 trabalhadores. Em janeiro, outro grupo com o mesmo número de pessoas foi desligado.

No início da tarde de ontem, os sindicalistas fizeram protesto na porta da fábrica para exigir o pagamento de verbas rescisórias e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) a 300 ex-funcionários (além dos 120, outros 170 que foram cortados nos últimos meses de 2015). Segundo Ferreira, a Pirelli se comprometeu a acertar os pagamentos nos dias 22 e 26.

Ao Diário, a empresa diz que “frente ao cenário econômico nacional, está continuamente avaliando medidas que visam adequar o nível de produção de pneus a demandas atual e futura do mercado. A Pirelli confirma também o pagamento de todos os valores devidos aos demitidos, de acordo com os procedimentos internos”.