O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), deve ser a principal atração da primeira sessão do ano no Legislativo, na quinta-feira. Mas até ontem não havia ainda definido o nome do líder do governo na Câmara, conforme havia prometido na semana passada.
A dúvida está em abrir mão ou não de um vereador da bancada petista para ocupar tal função de confiança do chefe do Executivo, o que nunca ocorreu em 23 anos de PT no comando da cidade.
No caso de uma possível quebra de tabu, o nome mais forte ventilado nos bastidores é de Laércio Pereira Soares (PCdoB), considerado um dos vereadores mais articulados no Legislativo e de livre acesso entre os parlamentares.
Mais uma vez, Laércio disse ontem não ter sido procurado pelo prefeito. "Continuo nesta indecisão, o que aliás não é nada bom para o próprio governo", afirmou o comunista, conhecido por seus discursos firmes e contundentes.
Homem de confiança nos dois mandatos do ex-prefeito José de Fillipi Júnior (PT), Laércio não é tão próximo do atual chefe do Executivo. "Como líder ou não minha postura continuará a mesma", reforçou Laércio.
Ontem, durante reunião no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Reali permaneceu em cima do muro. Ao ser questionado sobre Laércio, voltou a dizer que se trata de um "bom nome", assim como dos outros cinco petistas da Casa de Leis. O prefeito não quis citar um representante preferido da bancada do PT.
Corre por fora, porém, José Antonio da Silva (PT), que já foi escolhido como o líder da bancada petista na Câmara. "Se convidado, aceitaria e não teria problemas em acumular as funções", disse o vereador, que também ressaltou não ver problemas em apoiar "outro parlamentar" da base.
Informações de bastidores revelam que José Antonio perde no quesito trânsito livre entre os vereadores, o que é essencial para a função.
O enigma só deve ser revelado amanhã, após reunião da executiva municipal do PT e dos cinco vereadores petistas.
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