A deixa é perfeita para o 1º Ecofest (Festival de Filmes, Vídeos e Programas de TV Dedicados a Ecologia, Natureza e Aventuras), realizado entre esta quinta-feira e domingo na Sala Cinemateca. A seleção priorizou obras nacionais, que fazem registros do meio ambiente direta ou indiretamente.
Iracema – Uma Transa Amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, convive na mesma programação em que está O Cineasta da Selva, de Aurélio Michiles. Iracema (1975) é caso exemplar da repressão ao cinema durante o regime militar no Brasil. Bodanzky denunciava queimadas na mata para abrir caminho para a construção da Transamazônica. Mas os militares de Geisel não gostaram e censuraram o filme até 1980.
A mesma Amazônia serviu de cenário dezenas de vezes a Silvino Santos, diretor português que é retratado em O Cineasta da Selva (1997). Foi pioneiro do cinema silvícola no Brasil, por meio do qual fez registros antropológicos de populações indígenas a partir da década de 10.
Nos quatro dias de Ecofest, haverá ainda espaço para Tainá – Uma Aventura na Amazônia (2000), de Tânia Lamarca e Sérgio Bloch, o curta Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado, e filmes do mergulhador-cinegrafista Lawrence Wahba sobre vida marinha. Todos comungados, com mais ou menos intensidade, sob a causa verde.
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