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Arnold Schwarzenegger sofre 1ª derrota política
Da AFP
06/12/2003 | 17:40
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A Assembléia Legislativa da Califórnia, controlada pelo Partido Democrata, rejeitou na noite de sexta-feira o plano de resgate fiscal num total de 15 bilhões de dólares, apresentado por Arnold Schwarzenegger. Esta foi a primeira derrota política do governador que assumiu o cargo há dois meses.

A iniciativa, que previa a emissão de bônus para cobrir o déficit do Estado, deveria ter sido aprovada sexta-feira - último prazo para ser referendada pelos californianos no próximo dia 2 de março, antes de entrar em prática. Não foram reunidos os dois terços necessários para aprovar o projeto.

Os democratas temiam que a aprovação da iniciativa derivasse na falta de verbas para a manutenção de serviços vitais do Estado.

Apesar deste resultado, Schwarzenegger conta com uma autorização para emitir US$ 10,7 bilhões, aprovada no mandato de seu antecessor, Gray Davis, para conter o déficit público.

O Comitê de Orçamento do Senado começará na próxima semana a analisar outra proposta do governo, a de cortar alguns gastos com saúde, educação e serviços sociais, num total de US$ 4 bilhões.

Grupos que se opõem a estes cortes, principalmente os que afetam as pessoas portadoras de deficiência, já lançaram campanhas de protesto.

A Califórnia, com um orçamento de US$ 70 bilhões, possui um déficit em conta corrente de cerca de 12 bilhões atualmente e de entre US$ 10 e US$ 15 bilhões projetado para 2004.

Antes da votação, durante uma entrevista à imprensa, Arnold Schwarzenegger havia anunciado que "para pôr a casa em ordem, impulsionar a máquina econômica do Estado e criar mais postos de trabalho, há três pontos essenciais que peço aos legisladores que me dêem apoio para submetê-los à votação dos eleitores da Califórnia, em março próximo"

Segundo ele, para que a Califórnia ofereça um ambiente atraente para as empresas, "primeiro será necessário modificar o sistema de seguros que as empresas pagam a seus trabalhadores", assegurou.

A emissão de bônus estatais de até 15 bilhões de dólares já havia sido criticada por especialistas, que advertiram que isso afundará ainda mais o Estado, cuja nota de crédito as classificadoras de risco deixaram ao nível dos junk bonds.

"Isso nos permitirá tomar o caminho da recuperação sem ter de cortar (os fundos destinados às) escolas", afirmou o governador, que também admitiu que é uma medida "não-convencional" para solucionar a crise fiscal, mas "há uma primeira vez para tudo".

"Por exemplo, nunca houve um governador de origem austríaca no estado", brincou.

"A Califórnia enfrenta uma crise financeira sem precedentes", assegurou. "Os problemas são enormes, a solução é urgente e a necessidade de ação é imediata", acrescentou.




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