O depoimento do empresário Mauro Silvestre na 1ª Vara Criminal de Santo André teve de ser adiado ontem devido à sua ausência. Ele é sócio na construtora São José, de Alberto Jorge Filho, vítima do roubo no estacionamento da Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos). Por ‘compromissos inadiáveis', a defesa, que requereu remarcação da oitiva, justificou que Silvestre estava impossibilitado de comparecer ao Ministério Público para prestar esclarecimentos.

A Promotoria convocou o construtor pelo retorno de motorista, com veículo Land Rover de propriedade de Silvestre, ao local do crime oito dias depois do assalto. A intenção do MP é desvendar divergências entre depoimentos. Versões citam que seguranças armados desembarcaram do automóvel blindado, o que levantou suspeitas.

A defesa pediu que outra data da oitiva não seja comunicada à imprensa por supostamente ocasionar indevida exposição pública dos investigados, além de que o depoimento seja efetuado na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na Capital. O MP indeferiu as requisições. Segundo o promotor, a decisão se dá pelo fato de o interesse público predominar sobre o episódio, quando está sendo investigado eventual indício de corrupção.