Política Titulo Negociações
Após saída de Bonome, PT e PMDB iniciam aproximação
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
03/02/2012 | 07:24
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A aliança nacional entre PT e PMDB tonifica os diálogos para que a parceria seja transferida para o reduto andreense. As negociações em âmbitos superiores podem resultar em união, apesar do anúncio de candidatura própria com Nilson Bonome (PMDB), ex-secretário de Gabinete do governo Aidan Ravin (PTB). Logo após a decisão do diretório estadual peemedebista, Bonome fez contato com o deputado Carlos Grana, pré-candidato do PT à Prefeitura.

Apesar da negativa de ambos os lados, as tratativas, inclusive, em São Paulo, podem respingar em cidades do Grande ABC, como São Bernardo e Santo André. A ofensiva do PT, com Fernando Haddad, na Capital, para aliar-se com o eventual adversário Gabriel Chalita (PMDB) teria interferência nos acordos na chapa de Luiz Marinho e Grana, respectivamente, para a abertura do posto de vice.

Com a ruptura de PTB e PMDB na esfera municipal, o presidente estadual petebista, Campos Machado, analisou que a saída de Bonome do governo "tem dedo do PT". Marinho sustentou que a declaração do cacique é justificativa por eventual incompetência da administração, que está começando a perder aliados. "O Campos fala muito. O PT não tem absolutamente nenhuma responsabilidade. O que existe é a disposição de construir diálogo com todos os partidos." Campos rebateu o petista, acrescentando que fala "somente o necessário".

Grana admite que conversou por telefone com Bonome ao fim da reunião da executiva do PMDB. O deputado revelou que o ex-secretário ligou para falar sobre a decisão que havia tomado (exoneração do Paço para encabeçar chapa majoritária), porém que a informação se deu a várias lideranças. "Acredito que ele queria que eu soubesse não pela imprensa. É uma candidatura por se destacar na política e administração local nos últimos três anos, portanto avalio ser legítima."

A contradição ocorre em quem tomou a iniciativa da ligação. Bonome alega que, por estar na vida pública, retornou a ligação de Grana, que o teria contatado por duas ou três vezes na ocasião, por respeito e educação. "Não há diálogo para formar parceria nem interferência do PT. Tivemos conversa quando ele também estava na campanha pela ouvidoria (ambos apoiaram a reeleição de Saul Gelman)."




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