Política Titulo Diadema
Reali abre sindicância para apurar extorsão
Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
03/02/2012 | 07:16
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Claudinei Plaza/DGABC


O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), determinou abertura de sindicância para apurar suposta extorsão praticada por Manoel Antônio Ferreira Santos, conhecido como Tonny Telles, que se passava como aliado do secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB). O socialista ingressou com interpelação na Justiça e representação na polícia para investigar o esquema denunciado por ambulantes do bairro Serraria, reportado ontem pelo Diário.

Em nota, a administração assegurou que a Segurança Alimentar "não autoriza e jamais autorizou qualquer pessoa ou instituição, como sindicatos ou associações, a receber dinheiro ou outro material de valor econômico em nome do poder público". Informou ainda que "o recolhimento de valores pela municipalidade em relação ao comércio de ambulantes e feiras livres ocorre por meio de taxas e impostos, previstos em leis e decretos".

Ontem, comerciantes delataram que Tonny Telles arrecadava R$ 100 mensalmente de cada ambulante como taxa de fiscalização. Segundo eles, Tonny tinha informações privilegiadas para avisar antecipadamente quando representantes da Prefeitura passariam no local para apreender produtos pirateados. De acordo com os camelôs, Tonny recolhia a quantia com anuência de Adelson - o socialista nega.

Advogado de Adelson, Cláudio de Miranda Gonçalves disse que a representação para instauração de inquérito policial foi solicitada por seu cliente para averiguar os responsáveis pelo suposto crime. "Ele quer esclarecer tudo e investigar o que tem de investigar", afirmou Gonçalves, que também trabalha para Frank Miller, diretor de departamento da Secretaria de Segurança Alimentar e acusado pelo empresário Filipe dos Anjos de emissão de cheques falsificados para pagamento dos aluguéis dos comerciantes que utilizam o Shop Serraria. O pedido foi protocolado no 4º DP de Diadema.

 

Câmara - A primeira sessão do ano na Câmara de Diadema repercutiu as denúncias contra Adelson. Vereadores cogitaram até pedir CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os responsáveis pela prática de extorsão relatada pelos ambulantes. A princípio, o Legislativo vai convocar Adelson a prestar depoimento. Caso as explicações não sejam suficientes, a Casa não descarta instalar comissão especial para apurar o caso.

"Vamos aguardar o que ele vai falar. A CPI depende dos esclarecimentos que ele dará à Casa. Hoje, só tenho poder de convocar o Adelson, como secretário", afirmou o presidente Laércio Soares (PCdoB). Ainda não há data para o depoimento do socialista.




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