O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Marco Aurélio Mello, recebeu nesta quinta-feira a visita de três senadores ‘infiéis’, que temem perder seus mandatos devido a resolução adotada pela Justiça Eleitoral na última terça-feira, que decidiu que também no caso dos cargos majoritários (prefeitos, governadores, senadores e presidente da República) o mandato pertence ao partido político, e não ao candidato eleito.

Romeu Tuma (PTB-SP), Edison Lobão (PMDB-MA) e César Borges (PR-BA), que deixaram o DEM, ficaram preocupados com a declaração de Mello, que disse que todos os políticos que mudaram de legenda após 27 de março deste ano devem estar sujeitos a perderem suas cadeiras, pois nesta data o TSE já havia adotado uma resolução nesse sentido.

No caso dos cargos proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores), a data de 27 de março já foi referendada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). No entanto, a Suprema Corte ainda não tomou uma decisão final quanto aos majoritários.

Tuma, Lobão e Borges mudaram de sigla há menos de um mês e não querem perder seus cargos no Congresso Nacional. Eles alegam que os democratas sofreram mudanças internas que determinaram a opção por outro partido.