Os servidores públicos da Previdência Social em todo o país entraram em greve nesta quarta-feira por tempo indeterminado. A categoria reivindica aumento salarial de 75,4% e a realização de concurso público. Em São Paulo, o levantamento parcial feito pela superintendência do INSS mostra que 14 dos 26 postos da capital estão fechados, ou seja, 54% do total.

A paralisação prejudica a realização de serviços como concessão e revisão de aposentadorias, perícias médicas, requerimentos de auxílio-acidente e auxílio-maternidade nos 4.834 postos de atendimento e gerências do INSS em todo país.

A Previdência orienta o segurado a ligar para o PrevFone (0800 780191) para verificar quais agências estão abertas.

Nesta terça, representantes dos previdenciários se encontraram com o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB-MG), que se comprometeu a intermediar a negociação da categoria com o Executivo, na tentativa de garantir o salário integral de 38 mil servidores. O membro da Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Públicos Federais, José Henrique Martin, afirma que o governo só pretende conceder do aumento em 2002.

Curitiba - Na capital paranaense, apenas 30% dos 725 servidores aderiram à greve. Mesmo assim, as seis agências do INSS foram fechadas em razão da precariedade do atendimento.

A diretora da Secretaria Jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Previdência, Jaqueline Mendes de Gusmão, acredita que a paralisação receberá maior adesão nesta quinta.

As agências de Londrina, Maringá, Apucarana, Campo Mourão e Jaguariaíva também permaneceram fechadas durante o dia.

Pernambuco - Cerca de 90% dos funcionários públicos de Pernambuco paralisaram as atividades, segundo o sindicato estadual. Em todo Recife, apenas dois dos 50 postos funcionaram.

Rio - A paralisação só não foi total no Rio porque, das 29 agências da capital, uma funcionou normalmente durante o dia.