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Em recado, Reali diz que não alimenta inimigo
Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
06/09/2011 | 07:30
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Orlando Filho/DGABC


Com a iminente candidatura do PV à Prefeitura de Diadema, o prefeito Mário Reali (PT) avisou que não manterá os cargos verdes na administração. O petista, defensor da polarização na disputa eleitoral de 2012, não quer alimentar politicamente e financeiramente a chapa adversária.

"Não tenho interesse em ter no governo quem apoia uma outra candidatura. Não vou estimular terceira via. Quem estiver no governo estimulando terceira via não vai continuar no governo com assinatura minha de portaria de cargo de comissão", assegurou.

A declaração de Reali mira a garantia dada pelo presidente estadual do PV, Marco Antônio Mroz, de que a sigla terá candidatura própria em Diadema. O nome cogitado pelo partido é o do vereador Lauro Michels (PSDB), em litígio político com o ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos, novamente candidato tucano ao governo da cidade.

O PV comanda a Secretaria de Meio Ambiente e conta com aproximadamente 40 cargos comissionados. Os verdes endossam o governo petista desde o retorno do hoje deputado federal José de Filippi Júnior ao Paço, em 2000.

A postura de Reali tem causado mal-estar no PV. Grande parte do diretório municipal endossa a manutenção do acordo com o PT, entre eles o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Souza. A executiva paulista e a deputada estadual Regina Gonçalves brigam para viabilizar candidato à Prefeitura.

Secretários em alta - Reali saiu em defesa do seu secretariado. O petista negou mal-estar com o primeiro escalão, disse confiar plenamente nos gestores que escolheu e garantiu que não irá trocar peças até o ano que vem.

Na semana passada, vereadores questionaram as atuações do chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT), e da secretária de Saúde, Aparecida Linhares Pimenta (PT). A titular de Cultura, Regina Ponce (PDT), foi contestada por postura partidária.

O prefeito assegurou os postos de Misso e Aparecida. Para o prefeito, Misso possui bom trânsito com os parlamentares, a despeito de alguns vereadores reclamarem da falta de articulação política do homem-forte da administração.

Sobre Aparecida, o chefe do Executivo foi mais enfático. Garantiu que a secretária tem perfil técnico e político, e que conhece o funcionamento da estrutura da Saúde em diversas esferas de poder. "A Cidinha é um quadro que há muito tempo buscávamos", comentou. A gestora da Saúde foi duramente criticada - principalmente pelos vereadores do PSB e do PSDB - sobre a ausência de diálogo.

Sobre Regina Ponce, o prefeito jogou a responsabilidade para o PSB. A secretária entrou na mira da militância socialista porque, depois de sair do PSC junto com seu marido, Gilson Menezes, assegurou que ingressaria no PSB, algo que nunca aconteceu. Na semana passada, acertou sua filiação no PDT. A troca revoltou integrantes do PSB, que pressionam para que ela deixe a Pasta. Regina defende que acordo pela secretaria foi feito diretamente com Reali.




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