Nacional Titulo
Polícia do RS adia reconstituição de mortes de crianças
Do Diário OnLine
08/01/2004 | 15:30
Compartilhar notícia


A Polícia Civil do Rio Grande do Sul adiou para sexta-feira o início das reconstituições dos crimes cometidos por Adriano Silva, 25 anos, nas cidades de Passo Fundo, Soledade e Sananduva nos últimos 16 meses. O diretor do Deic do Estado, João Paulo Martins, alegou que nesta quinta não haveria tempo hábil para que os peritos pudessem acompanhar as investigações. Além disso, teme-se uma revolta popular na região.

Preso na tarde de terça-feira, Silva confessou, em um depoimento de mais de dez horas, que violentou e assassinou 12 crianças. Agora, ele está detido na cadeia de segurança máxima de Charquedas, a 150 quilômetros de Belo Horizonte. Silva era procurado pela Justiça do Paraná havia três anos. Condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato de um motorista de táxi e ocultação de cadáver, ele conseguiu fugir da cadeia após cumprir somente seis meses da pena.

Em novembro de 2003 Silva chegou a ser detido e interrogado por policiais gaúchos. Entretanto, por falta de provas, teve que ser liberado. Na ocasião, os registros dos crimes cometidos no Paraná constavam no Cadastro Nacional de Segurança Pública, pois o Estado não os tinha enviado.

No depoimento que deu à polícia gaúcha, Adriano Silva confessou o assassinato das crianças e afirmou que estava tomado por uma outra pessoa quando cometeu os crimes. "Nós matamos. Eu e uma pessoa que está dentro de mim", relatou. "Sentia vontade". Ele ainda afirmou que abusava sexualmente das vítimas depois de matá-las.

Abordagem - Segundo a polícia, em todos os casos Silva aproximou-se de meninos que viviam nas ruas trabalhando como vendedores de rapaduras e artesanato ou engraxando sapatos. Oferecia a eles um bom negócio ou presentes, desde que fosse acompanhado a outro lugar. No caminho, usando seus treinamentos em artes marciais, dava um golpe que fazia a vítima desmaiar para depois matá-la por asfixia.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;