Esportes Titulo Parada dura
Netuno desafia o Tricolor

Confronto será especial para a torcida do
Água Santa e meia Francisco Alex, ex-São Paulo

Felipe Simões
06/02/2016 | 07:30
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Nario Barbosa/DGABC


O confronto diante do São Paulo, às 17h deste sábado, no Pacaembu, por si só será histórico e marcante para o Água Santa. Afinal, a equipe enfrentará um time de ponta pela primeira vez em sua curta trajetória no futebol profissional. Mas, para um jogador, o duelo tem significado especial.

Natural de Vitório Freire, no Maranhão, o meia Francisco Alex é de poucas palavras. Mas quando o assunto é São Paulo, a história é outra e até o tom de voz se altera. Foram quatro anos de Tricolor, com participação na conquista do bicampeonato do Brasileirão, em 2007.

“É emocionante poder enfrentar o São Paulo. Vai ser a primeira oportunidade após os quatro anos que passei lá. Mesmo tendo tido poucas oportunidades, foram quatro anos muito felizes na minha vida. Tive a chance de conhecer outros países. Desde garoto tive esse sonho de poder jogar com a camisa do São Paulo, mesmo não sendo são-paulino, mas por minha mãe torcer. Daí vem esse carinho. Foi um sonho realizado profissionalmente”, afirmou o atleta, que lembrou história marcante de sua passagem, que durou até 2010, em viagem de volta da Argentina após enfrentar o Boca Juniors.

“Todo mundo sabia que eu tenho muito medo de voar. Entrava no avião e era um desespero, um pânico. Na volta, houve uma turbulência e o pessoal todo me zoando: ‘Francisco, é hoje!’. Estavam o (zagueiro) André Dias e o (atacante) Borges sentados ao meu lado dando risada. Só que a turbulência aumentou e ficou feio. Quando vi que os dois estavam orando, me desesperei. Não chorei na época por vergonha”, riu Alex.

No entanto, ele deixará o carinho de lado para entrar em campo no Pacaembu. Ele deve ser titular ante seu ex-clube – o técnico Márcio Ribeiro pensa em povoar o meio-campo – e avisou que o Tricolor não terá vida fácil. “Está todo mundo empolgado, é a chance de mostrar nosso valor. Vamos buscar fazer uma boa partida”, assegurou.

Clube da Capital deve ter time misto

Envolvido na disputa da primeira fase da Libertadores, o São Paulo deve ir a campo com time misto no Pacaembu. Na quarta-feira, o Tricolor ficou no 1 a 1 com o Cesar Vallejo, do Peru, e disputa a partida de volta dia 10, valendo vaga na etapa de grupos da competição mais importante da América do Sul. Por isso, o técnico argentino Edgardo Bauza pensa em poupar alguns titulares, já que o time da Capital ainda está em início de temporada.

Apesar disso, o Água Santa não espera jogo fácil. Segundo o técnico Márcio Ribeiro, o fato de o Tricolor utilizar reservas não beneficia o Netuno. “Os jogadores que vão entrar terão uma oportunidade de mostrar que podem jogar a Libertadores para o seu treinador. Vai tornar o jogo mais difícil. De qualquer forma, é o São Paulo”, afirmou. “Eles precisam do resultado e vêm de um jogo de Libertadores. O Água Santa está descansado e, se tiver paciência e marcar bem, pode sair de lá com um bom resultado”, acrescentou Ribeiro, que vê o empate com bons olhos.

“Se você consegue trazer pontos dos jogos fora de casa, você aglutina e chega perto de uma zona de conforto. Se puder ganhar, melhor, mas um ponto é de grande valia. Você tira dois do adversário e já ajuda muito”, completou ele, que trabalhou cobranças de falta ensaiadas e bolas aéreas no último treino antes do duelo. FS
 




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