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Mais uma vítima do acidente em Paranaguá é encontrada
19/11/2004 | 23:36
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Um corpo apareceu boiando na tarde desta sexta-feira na região entre a popa do navio chileno Vicua, que explodiu na segunda-feira em Paranaguá, e as primeiras bóias de contenção de óleo. De acordo com o tenente Eduardo Pinheiro, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal de Paranaguá para o reconhecimento, o que não havia sido feito até a noite.

Os corpos de dois ocupantes do navio já haviam sido encontrados e duas pessoas permaneciam desaparecidas – o argentino Alfredo Omar Vidal e o chileno Ronald Francisco Pea Rios. Representantes do Consulado da Argentina e a mulher de Vidal estão em Paranaguá para acompanhar o trabalho de busca. Eles e outros tripulantes do navio devem ajudar na identificação do corpo encontrado.

Até a noite desta sexta os responsáveis pelo navio chileno Vicua não tinham conseguido conter o vazamento de óleo bunker (combustível naval). Mergulhadores ingleses observaram várias fendas no casco da embarcação, por onde sai o óleo. Uma bomba de sucção está trabalhando no recolhimento, mas como a água também entra pelas fendas o volume de material contaminado tem aumentado.

O consultor de meio ambiente da Cattalini Terminais Marítimos, usuária do píer na qual estava a embarcação, Henrique Lage, disse que a existência de óleo combustível no navio foi fundamental para o acidente ecológico. Por meio da assessoria de imprensa, a Cattalini comentou ter havido um “erro grave de operação” do navio.

Segundo Lage, se o navio tivesse com até 100 mil litros de óleo o desastre ambiental observado em várias partes do litoral paranaense poderia ter sido evitado. No entanto, com 1.150 toneladas de combustível a contenção tornou-se impossível.

A mancha de óleo espalhou-se por pelo menos 30 quilômetros atingiu várias ilhas e locais de turismo. A Cattalini, a P&I, seguradora da embarcação, a Wilson Sons, contratada como agência marítima, e a Sociedad Naviera Ultragas, proprietária da embarcação, vem sendo multadas em R$ 250 mil diários cada uma desde quarta-feira por, segundo o Ibama, não terem tomado atitudes imediatas para contar o vazamento. Nova multa será arbitrada quando os laudos sobre o acidente estiverem prontos.

O secretário de Estado do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, anunciou nesta sexta que o órgão entrará com ação civil pública pedindo indenização por danos morais e materiais coletivos contra as empresas direta ou indiretamente envolvidas com o acidente.




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