Quatro jogos, três derrotas (Botafogo, Corinthians e Portuguesa) e uma vitória (Bragantino). Esse é o retrospecto do técnico Roberto Fonseca no comando do São Caetano. Apesar da sequência ruim, o treinador não se sente ameaçado no cargo e espera dar continuidade ao planejamento combinado com a diretoria na sua contratação.

"Só aceitei assumir o São Caetano por conta do pensamento do clube que é montar um grande time para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. Essa é a minha especialidade. Sei que os resultados são importantes e dão segurança para continuar o trabalho, mas estou pensando no futuro e tenho o aval da diretoria", explicou o técnico que deixou o Botafogo no G-4 do Paulista para assumir o Azulão.

Os últimos resultados, segundo o treinador, aconteceram em duelos que foram jogados longe do Anacleto Campanella. Contra o Corinthians, o Azulão tinha o mando de campo, mas preferiu atuar na Arena Barueri. "Isso é fator importante para analisarmos os resultados. Foram quatro jogos complicados e fora de casa, em gramados onde não estamos habituados a jogar", comenta.

O treinador comemorou a possibilidade de estrear no Anacleto Campanella, na próxima rodada, domingo, às 11h, quando o São Caetano recebe o Oeste. "Em casa não tem outro jeito, precisamos ganhar para melhorar o astral do grupo", recomenda.

Praticamente sem chances no Paulistão, Fonseca admite usar os últimos jogos como laboratórios para preparar o time para a Série B. "Essa é a nossa intenção. Precisamos ter um grupo com atitude, capaz de superar as dificuldades. Vou analisar os atletas nos cinco jogos que restam e passar para a diretoria os nomes dos que quero que continuem, assim como possíveis reforços", revela.

O goleiro Luiz, um dos mais experientes do grupo, antecipa-se e sai em defesa do técnico. "É um momento complicado, queríamos estar brigando pelo G-4, mas temos de dividir as responsabilidades. É fácil despejar nas costas do treinador. Mas isso não vai acontecer, todo mundo aqui tem sua parcela de culpa", confessa.