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Patrocínios garantem fortunas aos tenistas
Do Diário do Grande ABC
05/01/2000 | 17:25
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Fazer o papel de garoto propaganda, passar horas em gravaçoes de comerciais, participar de sessoes de autógrafos e mostrar a cara em eventos comerciais, pode ter o lado monótono, estranho até para um atleta, mas costuma render aos tenistas três ou quatro vezes mais do que se ganha suando nas quadras. O brasileiro Gustavo Kuerten, com o recente contrato com o Banco do Brasil, coloca-se no mesmo nível das grandes estrelas internacionais, como Pete Sampras, por exemplo.

Sabe-se no circuito profissional, que a cada dólar conquistado em torneios pelo norte-americano, outros três engordam sua conta bancária vindos dos contratos publicitários. Esses acordos de patrocínio das grandes estrelas do tênis estao cheios de meandros, cuja sinuosidade acompanha os resultados alcançados nas quadras. Se um jogador conquista um título importante, como de um torneio de Grand Slam, participa de jogos da Copa Davis, melhora o ranking ou suas partidas sao transmitidas pela tevê, as bonificaçoes fazem crescer sensivelmente o cheque a ser pago pelos patrocinadores.

O contrato de Guga com o Banco do Brasil, por exemplo, prevê que se o brasileiro chegar a liderança do ranking mundial ganhará um bônus. Isso nao só serve para premiar a conquista, como incentiva o jogador em suas metas. O patrocinador também tem seu prêmio. Afinal, quando um tenista ganha um título do Grand Slam, como o de Roland Garros, transforma-se num Midas. A raquete que usa, a roupa, sua imagem passam a valer o peso em ouro. Se chega a liderança do ranking também vai vender muito mais.

Nos últimos anos, o contrato de Pete Sampras perdeu boa parte de sua força de bônus. Como sempre estava chegando aos títulos e colocou-se por muito tempo na liderança do ranking, passou a receber mais de fixo, do que de bonificaçoes. Mas, por outro lado, teve de se dedicar a vida de garoto propaganda, num papel que costumava estar arredio. Mudou de atitude e hoje freqüenta as telinhas vendendo nao só raquetes para a Wilson e tênis para a Nike, como também iogurte para a Danone.

Por isso, dá para se contabilizar na conta das estrelas do tênis internacional uma média três vezes superior aos prêmios. Assim, se um tenista ganhou US$ 1 milhao nas quadras, muito provavelmente fez outros US$ 3 milhoes com patrocínios.




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