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PTB ganha sobrevida no 'facão' promovido por Reali
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/10/2011 | 07:58
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O processo de demissão de indicados de aliados na Prefeitura de Diadema começou exclusivamente com o PV. O PTB, outra sigla na mira do prefeito Mário Reali (PT), ganhou sobrevida enquanto a situação da vereadora Marion Magali de Oliveira (PTB) não for definida.

No início da semana, Reali disse que iria demitir funcionários indicados de PV e PTB por conta de sinalização de candidatura própria dos dois partidos. O PV oficializou ingresso do vereador Lauro Michels e deve anunciá-lo pré-candidato ao Paço na segunda-feira. Até por isso, a sigla encabeçará a lista de dispensa do Executivo.

A situação no PTB ainda segue turbulenta. O presidente estadual do partido, deputado Campos Machado, afirmou que a legenda teria nome próprio na disputa eleitoral e referendou a presidente regional do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, Silvana Guarnieri.

A estratégia paulista é divergente da estruturada por Marion, que indicou seis funcionários, toda cota de cargos destinada ao PTB. A vereadora sustenta manutenção da parceria com o PT, firmada logo após a eleição de 2008 - no pleito municipal, Marion apoiou o tucano José Augusto da Silva Ramos. "Não descartei o PTB. O único partido que formalizou alguma coisa foi o PV. E não tenho dúvidas de que é oposição", avaliou Reali.

Uma força-tarefa foi designada pelo prefeito para salvar o mandato de Marion. Na reunião de quarta-feira, Reali pediu a legendas aliadas que acolhessem a parlamentar, mas todos presentes no encontro refutaram a possibilidade. Diante da negativa, a saída encontrada pelos articuladores do Paço foi alocar Marion no PSD. A sigla projetada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou que há negociações em curso.

"A Marion precisa resolver a questão dela antes de qualquer coisa. Claro que o governo quer contar com todos", reiterou Reali. A parlamentar disse que só vai se pronunciar oficialmente na semana que vem.

SEM CANIBALISMO

Reali garantiu que não haverá caças às bruxas dentro da Prefeitura e que o ‘facão' em cargos de aliados não vai atrapalhar o andamento do Executivo. "Não estou esbaforido ou com sede de vingança. Não tem nenhum canibalismo", comentou o petista.

A interlocutores, Reali tem afirmado que o plano de pressionar posicionamento dos partidos governistas sobre o pleito do ano que vem surtiu efeito mais do que aceitável. Uma prova é que o PV se esfacelou depois das ameaças públicas de demissão. Dos mais de 40 cargos verdes na administração, pouco mais da metade deverá continuar no governo, já que se desligou do PV. Um deles é o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Souza.




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