Política Titulo Consórcio
Lauro e Saulo lideram faltas no Consórcio

Prefeitos de Diadema e de Ribeirão foram os
que mais ignoraram reuniões do colegiado em 2015

Júnior Carvalho
Leandro Baldini
17/01/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC:


Criado para unir os prefeitos do Grande ABC para promover o debate sobre os principais problemas regionais e encontrar soluções para o benefício das sete cidades, o Consórcio Intermunicipal foi ignorado pelos chefes do Executivo de Diadema, Lauro Michels (PV), e de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), durante o ano passado.

Em 2015, os dois foram os mais faltosos nas assembleias ordinárias e extraordinárias do colegiado. Os encontros ocorrem apenas uma vez por mês e, contabilizando os debates não previstos no cronograma inicial, 16 reuniões foram realizadas no último ano. Lauro e Saulo registraram quatro faltas, segundo levantamento feito pelo Diário com base em informações fornecidas com exclusividade pelo Consórcio.

O prefeito de Ribeirão foi apenas nove vezes à entidade no ano passado, enquanto que o gestor diademense compareceu a 11 reuniões. O número de presenças pode ser diferente porque em algumas ocasiões o prefeito deixou de ir à instituição, mas enviou representante – na maioria dos casos, o vice-prefeito.

Lauro registrou falta já na primeira assembleia do ano, em janeiro, quando os sete prefeitos se reuniram para eleger o chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PMDB), como presidente da entidade para o exercício de 2015. Na ocasião, o verde mandou seu assessor especial, Laércio Soares (PCdoB). Para este ano, Lauro foi eleito vice-presidente do Consórcio.

Saulo faltou na reunião de fevereiro, justamente quando o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), visitou o Consórcio para garantir a transferência de recursos aos municípios para financiamento de projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade e receber pedidos de investimentos dos prefeitos. Em 2013, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) esteve no Grande ABC para anunciar repasse de R$ 2,1 bilhões às sete cidades, Saulo ficou indignado quando soube que Ribeirão Pires não iria ser contemplada com o pacote.

Na ocasião, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), então presidente do Consórcio, explicou que a ajuda da União era baseada em projetos enviados pelos prefeitos ao Consórcio e que Saulo não havia entregue nenhum pleito.

EXPLICAÇÕES
Lauro argumentou que justificou todas as suas ausências nas reuniões do Consórcio e disse que mandou “pessoas com competência” para representá-lo. O verde, porém, enviou substituto apenas uma vez. Já Saulo alegou que faltou várias vezes porque não é presidente nem vice-presidente do Consórcio. “ Evito me ausentar da cidade. Tem muito trabalho (para fazer) aqui.”




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