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Ex-governador de MG elogia novo diretor da PF
Do Diário do Grande ABC
22/06/1999 | 11:12
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A escolha do atual superintendente da Polícia Federal em Minas, Agílio Monteiro Filho, para assumir o cargo de diretor-geral do órgao, foi considerada "acertada" pelo ex-governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB). O ex-governador classificou Monteiro Filho como "discreto e conciliador". "Ele é um profissional muito competente, com condiçoes de exercer o cargo de diretor-geral da Polícia Federal", diz Azeredo.

Agílio Monteiro Filho disse na noite desta segunda-feira que ficou surpreso com sua indicaçao. Monteiro Filho recebeu a notícia por meio de um telefonema do ministro da Casa Civil, Clóvis Carvalho. "Foi uma surpresa", contou. Ele afirmou que como profissional nao pode recusar a oferta, mas sabe que assumirá a instituiçao num momento difícil. O superintendente da PF em Minas comentou que desconhece os motivos que levaram a indicaçao de seu nome. Ele evitou comentar a atual situaçao da PF no país dizendo apenas que conhece "em profundidade" a realidade de Minas.

Monteiro Filho ingressou na corporaçao em 1973, como superintendente da PF na Bahia. A frente da Polícia Federal em Minas desde 1993, contornou com habilidade a última greve da instituiçao, ganhando a simpatia de seus subordinados ao liberalizar algumas regras de conduta que persistiam desde a ditadura militar. Antes de assumir a superintendência da PF em Minas, Agílio Monteiro Filho já havia exercido o segundo cargo da hierarquia da PF mineira como coordenador policial.

Atuando como delegado, teve sua carreira marcada pela apuraçao do massacre dos índios Xacribás em 1982, no Norte de Minas, quando conseguiu apontar os responsáveis pelo crime, condenados no primeiro julgamento por homicídio na história da Justiça Federal de Minas. Foi também responsável pela apuraçao da fraude do vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1984. Nascido em Belo Horizonte, Monteiro Filho, 52 anos, trabalhou como agente federal em Salvador, depois em Sao Paulo, na Delegacia de Ordem Política, retornando a Belo Horizonte em 1976, quando terminou o curso de Direito. Formado, fez novo concurso público, dessa vez para o cargo de delegado federal. Em 1982 foi transferido para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Delegacia de Polícia Fazendária. Retornou a Minas para assumir a Delegacia de Ordem Política e Social.




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