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Prensas Schuller diversifica atuação no Brasil
Célio Franco
Do Diário do Grande ABC
06/01/2007 | 18:40
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A Prensas Schuller, fabricante de prensas para o setor automotivo com unidade em Diadema, quer consolidar em 2007 o plano de diversificação de atividades, para escapar da dependência das montadoras e do câmbio valorizado, que atrapalha as exportações. A empresa fechou o ano passado com queda de 9% no faturamento em reais (R$ 286 milhões) e aumento de 5% em dólar, de US$ 124 milhões em 2005 para US$ 130 milhões.

“Tivemos de exportar mais para compensar o real valorizado. Como dependemos muito do mercado externo, que é responsável por 60% do nosso faturamento, fomos muito afetados”, afirma Paulo Tonicelli, diretor administrativo-financeiro da Schüller. “Trabalhamos mais para contornar a situação cambial. Além disso, a indústria automobilística norte-americana – principalmente GM e Ford – passou por momentos difíceis”, diz.

“Na contramão dessa situação, o crescimento da indústria automotiva brasileira levou alguns fornecedores de autopeças a tirarem projetos da gaveta e a investirem no aumento da produção”, acrescenta Tonicelli.

Exportações - A baixa cotação da moeda norte-americana tem trazido dificuldades, nos últimos dois anos, para a Schuller obter novos contratos de exportação, perdendo competitividade no mercado externo, principalmente para países asiáticos. Por isso, a empresa vem concentrando esforços para reduzir custos e aumentar a produtividade e competitividade interna.

Para se adaptar a essa realidade, foram criadas novas unidades de negócios, além das prensas sob encomenda: uma linha de prensas estandardizadas para o mercado norte-americano (a S-serious), para ganhar em termos de custos e prazos; incremento da área de serviços voltados para as estamparias existentes no Brasil e na Argentina, aumentando o output (rendimento) das linhas por meio da automação, e a produção de peças para turbinas de energia eólica.

“Atualmente, o nosso segundo maior faturamento já vem da energia eólica (25%), com exportações para os Estados Unidos”, diz Tonicelli, explicando que esse segmento deve crescer, em 2007, para 30% do faturamento total da empresa, e a área de serviços, de 7% para 12%.




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