Membros conservadores do Parlamento haviam apresentado a proposta à UE dentro de um amplo informe sobre direitos humanos. A proposta diz que ``o exílio e a perpetuidade dos descendentes varoes é um castigo incomum e cruel que nao tem lugar na Europa moderna'.

Também exigiam que a Austria colocasse um ponto final às restriçoes aos membros de sua ex-família real, os Habsburgos, derrubados depois da Primeira Guerra Mundial. A votaçao é um revés aos esforços da ex-família real de obter acordo constitucional para que possam regressar à pátria. A emenda está no Parlamento italiano, mas ficou estagnada no Senado desde 1998 depois de aprovada pela Câmara Baixa.

Embora uma resoluçao do Parlamento Europeu nao seja obrigatória para o governo italiano, pediria à Comissao Executiva da UE a adotar medidas legais contra Itália e Austria no alto tribunal da UE se, em seis meses, nao fossem adotadas medidas para acabar com o exílio dos varoes de Sabóia.

A Itália aboliu a Monarquia em um plebiscito realizado em 1946 e que levou ao exílio o rei Umberto II, depois de um reinado de apenas 26 dias. Seu herdeiro, Victor Manuel, só tinha 9 anos quando deixou o país com o pai. Hoje, aos 63 anos, reside na Suíça e lidera a campanha para acabar com esse exílio.

Em entrevista ao diário La Stampa, Victor disse que seu avô, rei Victor Manuel III, foi obrigado pelos fascistas a assinar leis racistas, afirmando que essa é a hora de deixar de lado as acusaçoes contra sua família.

``Nao sei porque continuam me atacando com histórias velhas. Isso é coisa do passado. Nao tem nada a ver comigo, nem com minha família', disse Victor Manuel, segundo o jornal.