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Altair, o finalizador do Ramalhão
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
20/08/2010 | 09:10
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Na fase que vive, à beira da zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro, o que o Santo André mais precisa é de gols e, consequentemente, vitórias. E nas últimas partidas quem mais tem buscado as redes adversárias é Altair. Meia canhoto, ganhou a vaga de Xuxa há duas rodadas, dando mais velocidade ao time. E quando está nas proximidades da área não pensa duas vezes e manda a gol, características que fazem recordar as de um recente ídolo da torcida: Bruno César, agora no Corinthians.

A carreira de ambos, inclusive, tem semelhanças. Antes de chegarem ao Santo André, se destacaram no Interior (Bruno no Noroeste e Altair no Marília). Depois, demoraram a firmar vaga entre os titulares, mas com estilo diferenciado, velocidade e qualidade na criação e no arremate, conquistaram lugar no time. Além do fato de ambos serem canhotos. "São poucos os jogadores que têm essas características de armar e finalizar. Mas sempre procuro fazer o que tenho de melhor, que é chutar e criar", explicou.

Quando chegou, Altair deixou claro que "Bruno César é Bruno César e Altair é Altair", para evitar comparações. Mas com tantas semelhanças, fica impossível não associá-los. "Não temos estilos parecidos em campo porque ele é um jogador de mais agilidade, mas ser comparado a ele me deixa feliz, porque é um cara que batalhou muito e faz sucesso no Corinthians. Espero, quem sabe, seguir os passos dele e brilhar no Santo André", disse.

E o alto número de finalizações é ainda maior em razão das cobranças de falta. "Desde que comecei a jogar, sempre trabalhei muito para cobrar faltas, tanto de perto quanto de longe", disse Altair, que não se importa em errar. "Mesmo que não acerte o alvo o importante é chutar sempre. Só faz gol quem tenta", emendou.

A escalação de Altair contra o Bragantino (amanhã), porém, virou dúvida no treino de ontem. Isso porque o jogador sentiu fisgada na coxa esquerda. "Vou tratar amanhã (hoje) e sábado, e fazer o teste antes do jogo. Se estiver bem, quero jogar. Se não, nem vou tentar, porque o time não precisa de alguém meia-boca, mas inteiro", disse.

Aliás, no treino de ontem à tarde, no Bruno Daniel, a bruxa estava solta. Isso porque o atacante Nando e o zagueiro Halisson também deixaram o treino lesionados. "O DM (departamento médico) também quer jogar. Está sempre com jogadores", brincou o técnico Sérgio Soares. "Mas o futebol é passível desses acontecimentos. É ter tranquilidade para encaixar outra peça caso seja necessário", concluiu.

 




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