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Corpo de Mário Lago é sepultado no Rio
Patrícia Vilani
Com Agências
31/05/2002 | 17:31
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O ator, escritor e compositor Mário Lago foi enterrado nesta sexta-feira, às 16h30, no Cemitério São João Batista, no Rio, depois de um “velório festivo” no Teatro São Caetano. Atores, personalidades e fãs compareceram ao local, onde ouviu-se algumas de suas composições, como Aurora e Ai que Saudades da Amélia, cantadas na roda de samba improvisada. A despedida foi regada a cerveja e enfeitada por bandeiras da Mangueira, do Fluminense e do Movimento Sem Terra. O clima alegre, dentro do possível, atendeu a um pedido do próprio Lago.

Muitos amigos do ator estiveram no velório, que a família – encabeçada pelo filho Mário Lago Filho e pelo neto Jean Pheophilo – preferiu chamar de despedida. Glória Pires, Francisco Milani, Daniel Filho, Glória Perez, Ney Latorraca, Bete Guedes, Oswaldo Louzada, Tonico Pereira, Antonio Grassi, Rosamaria Murtinho e Pedro Paulo Rangel foram alguns dos colegas de Lago que marcaram presença.

“Uma pessoa como o Mário a gente não perde nunca. Ele foi muito importante para a nossa história, além de ser combativo e presente”, disse Glória. “Mário foi um exemplo de cidadão e profissional que fica na memória dos jovens. Ele é uma estrela de muito brilho”, afirmou Milani. “Foi um prazer conviver com Mário durante toda a minha vida. Fui um homem de muita sorte”, disse Daniel Filho.

De Brasília, o presidente Fernando Henrique manifestou, por meio de nota distribuída por sua assessoria de imprensa, pesar pela morte de Lago, ocorrida nesta quinta, no Rio. “Como compositor, Mário Lago mostrou, com sensibilidade e delicadeza, a alma e a alegria do povo brasileiro. Como cidadão, lutou pela construção de um Brasil mais justo para todos os seus filhos. Sua morte é uma perda para todos nós”, diz a nota.

Lago morreu aos 90 anos de enfisema pulmonar, em sua casa, em Ipanema. Segundo o filho Pedro Lago, sua pressão arterial chegou a zero, causando falência múltipla dos órgãos. Inconsciente desde segunda-feira, ele respirava e se alimentava com a ajuda de aparelhos.

Lago ficou doente em janeiro deste ano, quando foi internado no Hospital Samaritano, no Rio, com pneumonia bacteriana bilateral. Teve alta depois de menos de uma semana e voltou à observação em fevereiro, com infecção urinária e desidratação aguda. Sua última internação aconteceu em abril. Depois disso, a família optou pela permanência em casa, onde passou a ser medicado. “A UTI era muito desumana”, disse o neto Teophilo. Mário Lago deixa cinco filhos e nove netos.




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