Política Titulo Editorial
A conta, por favor
Do Diário do Grande ABC
19/12/2015 | 09:47
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Aline Pietri/DGABC


A economia vai mal. Os escândalos se sucedem no campo político. O País patina e não sai do lugar, ou melhor, anda cada vez mais para trás. Em meio às notícias de que muitos milhões de reais saíram dos cofres públicos e foram parar nos bolsos de aproveitadores, sobra a conta para a sociedade.

Respingos da onda negativa são sentidos em todos os cantos. É praticamente impossível encontrar alguém que esteja satisfeito. Nos mais diversos setores são ouvidas as queixas de quem, cada vez mais, sente o salário sendo corroído pela inflação, as despesas mais elevadas e nenhuma perspectiva de melhora.

No Grande ABC, cuja maior parte da massa salarial provém do setor industrial, o impacto da inércia econômica é sentido mais rapidamente. E como resultado disso, entre tantos índices negativos, está o aumento do número de desempregados. Nos primeiros 11 meses deste ano foram fechados 33.742 postos ocupados por pessoas que tinham carteira assinada. O número é três vezes superior aos 10.996 demitidos no mesmo período de 2014 e, seguramente, o pior dos últimos 15 anos, como mostrou economista ouvido pela equipe deste Diário.

A situação é caótica e necessita de medidas drásticas e urgentes. Mas o que se pode esperar se até o ministro que conduziu os destinos da economia nacional desde o início do segundo governo de Dilma Rousseff (PT), em janeiro, não suportou o tranco, pegou o boné e foi embora?<EM>

As expectativas não são as melhores. Sobram incertezas na indústria, comércio e setor de serviços. Por outro lado, faltam vagas para absorver o contingente de desempregados, gente que conta apenas com a sua força de trabalho para se manter e prover suas famílias. Que espera por dias melhores no ano novo, mas que, por enquanto, tem de pagar da pior maneira possível a fatura gerada por decisões impensadas e pela ganância de quem apoderou-se de bens da Nação.  




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