A temporada 2015 está chegando ao fim e foi bastante animada para o volante Amaral que, mesmo aos 42 anos, ainda não pode ter um “ex” à frente de sua posição. Afinal, existe a possibilidade de o veterano disputar o Paulista de 2016. Neste ano, ele participou do torneio pelo Capivariano, time da sua cidade-natal e o qual ajudou a salvar do rebaixamento – mesmo que com apenas duas atuações, mas na decisiva vitória sobre a Ponte Preta, por 3 a 1, na última rodada.

Depois, participou do reality show A Fazenda, da Rede Record, no qual foi o primeiro eliminado. Ainda disputou jogos pela Seleção Brasileira de Masters. E, agora, o ídolo palmeirense vive a expectativa de ter o convite para outra vez defender o clube de Capivari no Estadual.

“Foi legal (disputar o Paulistão 2015), gratificante e um desafio também, porque muitos não acreditavam no meu futebol, achavam que eu estava morto e que ia enterrar o Capivariano, mas graças a Deus e com ajuda dos companheiros consegui manter o time na Primeira Divisão em um dos campeonatos mais difíceis, o Paulista. Ano que vem pode ser que eu volte. Há uma conversa, nada de proposta oficial, mas estou tranquilo”, afirmou.

Carismático e divertido fora de campo, ganhou mais fama com o boato de que teria sido coveiro antes de jogar futebol. Na verdade, trabalhou em funerária, mas não fazia enterro. Talvez por este perfil descontraído, foi convidado a integrar a lista de participantes da oitava edição de A Fazenda. “Foi diferente. Coisa que não imaginava”, afirmou o ex-peão – como eram chamados os participantes –, o primeiro eliminado do programa, com 76,25% dos votos, mas sentiu-se injustiçado por, segundo ele, não ter sido levado em conta o regulamento do programa. Dias antes, durante uma festa, ele acusou a participante e ex-panicat Ana Paula Minerato de tê-lo agredido, o que era passível de expulsão, mas a produção não considerou ter havido risco “à integridade física” de Amaral.

“Todo mundo falou que não era para ter saído, creio que o regulamento me prejudicou um pouco, mas foi uma participação de nove dias em que deixei (o nome) marcado, porque mostrei quem realmente sou”, afirmou o jogador, que explicou seu objetivo no reality show.

“A intenção era ganhar, entrei para isso, mas acabei saindo sem receber um voto da casa e recebi muitos de não sei onde. Mas faz parte. O importante é que estou feliz. A Fazenda marcou bastante.”

Amaral esteve recentemente em restaurante de Santo André para celebrar a Noite do Palmeiras, clube pelo qual conquistou o bicampeonato brasileiro (1993 e 1994), o tricampeonato paulista (1993, 1994 e 1996) e o Rio-São Paulo (1993). Mesmo tendo defendido o Corinthians em 1998 e 1999, com os títulos de um Brasileiro e um Paulistão, é reconhecidamente ídolo alviverde.

“É legal, gratificante. Apesar de ter jogado no maior rival do Palmeiras, o pessoal sabe da importância que tive no elenco para ganhar todos aqueles títulos. Fico bastante feliz em receber o carinho. Foi aquilo que a gente plantou e até hoje está colhendo”, declarou o volante, que também defendeu outros 18 clubes dentro e fora do País, além da Seleção Brasileira, pela qual conquistou o bronze olímpico em Atlanta-1996.

Quanto ao futuro, caso não acerte com o Capivariano, Amaral não se vê ligado ao esporte, seja como técnico, dirigente ou empresário. “Sou um cara que não mexe com o futebol. Tinha parado de jogar, o Capivariano subiu para a Primeira Divisão e me deram proposta, que acabei aceitando. Minha carreira é fazer eventos, estou realizando muitos e espero continuar”, encerrou o volante.