DGABC Digital Titulo Tecnologia
Carros autônomos: o futuro sem motoristas
Felipe Martins
10/12/2015 | 09:00
Compartilhar notícia


A indústria automobilística vem se reinventando a cada ano. Agora, com a atual entrada das gigantes de tecnologia na fabricação de carros autônomos, as fabricantes mais tradicionais tem que correr atrás do prejuízo.

As gigantes como Google e Apple já divulgaram publicamente que estão trabalhando em carros 100% autônomos e seus projetos já estão até mesmo em fase de teste, como é o caso da Google, cujos carros já percorreram milhares de quilômetros sem causar nenhum acidente. As grandes montadoras por sua vez estão criando carros chamados de semi-autônomos, que nada mais são do que uma nova extensão para o piloto automático, mas que necessita de um condutor para habilitar tal função.

As empresas do Vale do Silício estão muito à frente em relação à tecnologia e até mesmo da produção desses carros. Por isso as montadoras estão correndo atrás, pois estão sentindo que podem perder espaço para as empresas de tecnologia.

Creio que ainda levará alguns anos para que as legislações liberem esses veículos em diversas partes do mundo, porém no Estado de Nevada, nos Estados Unidos, já são regulamentados carros autônomos. Com esse precedente, é muito mais fácil que se inicie por lá e depois se estenda para várias partes do mundo. Alguns entusiastas preveem que esse novo segmento vai estar no mercado até 2020. Por conta dessa nova tecnologia, a indústria automobilística, por sua vez, vive um grande dilema.

Como é corriqueiro para os moradores de grandes centros urbanos, o volume de automóveis é muito grande e, por consequência, o trânsito cada vez pior, porém com o surgimento dos carros autônomos surgem a criação de serviços integrados que poderiam funcionar como uma espécie de Uber com veículos autônomos. Seria possível que você não precisasse ter um carro próprio, mas sim tivesse uma espécie de assinatura mensal com uma empresa como o Uber e, com isso, pudesse chamar um carro a qualquer hora do dia, sete dias por semana, com a simples diferença de não ter um motorista.

E nesse momento entra o dilema das grandes montadoras com seu objetivo principal: vender carros. Com esse novo tipo de serviço haveria uma grande quantidade de adeptos, o que talvez ocasionasse uma drástica diminuição em vendas de carros.

Infelizmente, por mais que os esforços já estejam bem concentrados e os estudos bem evoluídos, creio que ainda levará um tempo para vermos veículos com essa tecnologia aqui no Brasil, pois sabemos que, por conta de uma série de burocracias e pelo valor elevado de nossos impostos, certas tecnologias demoram para chegar aqui em terras tupiniquins.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;