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Gráfica Prol, de Diadema, demite mais 65 funcionários
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
09/12/2015 | 07:21
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Após demitir 300 pessoas na semana passada, a gráfica Prol, de Diadema, efetuou mais 65 cortes no quadro de funcionários. A informação foi passada ao Diário por trabalhadores que fazem parte do primeiro grupo de dispensados.

A empresa está em recuperação judicial e alega não ter recursos para quitar as verbas rescisórias. Para conseguir pagar parte do valor devido, a companhia terá de vender uma máquina que vale aproximadamente R$ 8 milhões. A operação, entretanto, gera insegurança entre os demitidos, que temem que a transação não seja possível devido ao processo na Justiça. O Sindicato dos Gráficos do Grande ABC, por sua vez, garante que, em casos como esse, o Judiciário tem liberado esse tipo de solução para pagamento de pessoal.

O presidente da entidade, Isaías Karrara, avalia que a transação demore cerca de 120 dias para ser concluída. O acordo feito, segundo ele, é de que, durante esse período, a empresa irá encontrar outros meios para arrecadar o restante do valor necessário para as rescisões – o montante total não foi informado.

Para as cerca de 400 pessoas que ainda trabalham na gráfica, o clima é de insegurança e tensão. Segundo funcionários que pediram para ter o nome preservado, a gerência obrigou parte do efetivo da produção a dobrar a jornada de trabalho. “Nos ameaçaram, dizendo que, se não fizéssemos, a empresa iria quebrar e não iríamos receber nada”, comenta.

A equipe do Diário tenta contato com representantes da Prol desde a semana passada, mas ninguém retornou aos contatos desde então. Ontem, a equipe de reportagem ligou novamente para a empresa, mas a recepcionista afirmou que, em razão do feriado municipal (aniversário de Diadema), não havia diretores na gráfica durante todo o dia de ontem.
 




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