Prol terá de vender maquinário para conseguir efetuar pagamentos
Os cerca de 300 trabalhadores que foram demitidos da gráfica Prol, de Diadema, temem ficar sem receber as verbas rescisórias. Isso porque a empresa está em recuperação judicial e, segundo o sindicato que representa a categoria, alega não ter dinheiro para honrar os pagamentos.
Em acordo com sindicalistas, a companhia se comprometeu a vender uma máquina no valor de R$ 8 milhões para conseguir pagar pelo menos parte das verbas rescisórias. “O problema é que está tudo penhorado. Não há garantia de que vamos receber. Também não existe um plano B”, reclama um ex-funcionário que não quis se identificar.
O presidente do Sindicato dos Gráficos do Grande ABC, Isaías Karrara, reconhece que o processo de recuperação judicial dificulta o andamento da transação. “Entretanto, vamos entrar hoje (ontem) com um ofício para que a Justiça libere a venda com a finalidade de usar o dinheiro para pagar os trabalhadores. Nesse tipo de situação, os juízes têm liberado”, garante.
O sindicalista acrescenta que os R$ 8 milhões não serão suficientes para pagar as rescisões a todos os demitidos. “A empresa se comprometeu que quando for feita a transação, o que deve demorar em torno de 120 dias, já terá feito caixa.” Além das verbas rescisórias, há atraso dos salários e do 13º, segundo os trabalhadores. Grupo de ex-funcionários não ligados ao sindicato pretende fazer manifestação na quinta-feira.
Procurada pelo Diário para comentar o assunto, a Prol não se manifestou.
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