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Funcionários dispensados de gráfica temem ficar sem receber rescisão

Prol terá de vender maquinário para conseguir efetuar pagamentos

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
08/12/2015 | 07:23
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Os cerca de 300 trabalhadores que foram demitidos da gráfica Prol, de Diadema, temem ficar sem receber as verbas rescisórias. Isso porque a empresa está em recuperação judicial e, segundo o sindicato que representa a categoria, alega não ter dinheiro para honrar os pagamentos.

Em acordo com sindicalistas, a companhia se comprometeu a vender uma máquina no valor de R$ 8 milhões para conseguir pagar pelo menos parte das verbas rescisórias. “O problema é que está tudo penhorado. Não há garantia de que vamos receber. Também não existe um plano B”, reclama um ex-funcionário que não quis se identificar.

O presidente do Sindicato dos Gráficos do Grande ABC, Isaías Karrara, reconhece que o processo de recuperação judicial dificulta o andamento da transação. “Entretanto, vamos entrar hoje (ontem) com um ofício para que a Justiça libere a venda com a finalidade de usar o dinheiro para pagar os trabalhadores. Nesse tipo de situação, os juízes têm liberado”, garante.

O sindicalista acrescenta que os R$ 8 milhões não serão suficientes para pagar as rescisões a todos os demitidos. “A empresa se comprometeu que quando for feita a transação, o que deve demorar em torno de 120 dias, já terá feito caixa.” Além das verbas rescisórias, há atraso dos salários e do 13º, segundo os trabalhadores. Grupo de ex-funcionários não ligados ao sindicato pretende fazer manifestação na quinta-feira.

Procurada pelo Diário para comentar o assunto, a Prol não se manifestou.
 




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