Segundo a Fitch, o rating indiano é sustentado pela perspectiva de forte crescimento do país e por suas saudáveis finanças externas, fatores que são contrabalançados pelo alto endividamento do governo e por questões estruturais.

A Fitch avalia que a taxa de crescimento projetada para a Índia - de 7,5% no ano fiscal até março e de 8% no ano seguinte - é consideravelmente maior que a de países com ratings similares, mesmo desconsiderando-se o efeito positivo gerado pela revisão da forma como o Produto Interno Bruto (PIB) indiano é calculado.

Por outro lado, a agência ressaltou que os investidores na Índia continuam enfrentando obstáculos, como gargalos de infraestrutura. Além disso, o governo indiano tem dívida elevada e uma recente proposta para o aumento dos salários de funcionários públicos deverá pressionar ainda mais as finanças, notou a Fitch.

"Os ratings soberanos da Índia continuam sendo reprimidos pela melhora limitada em sua posição fiscal", afirmou a Fitch. "A...recomendação de um aumento de 23,6% nos ganhos de funcionários do governo central levanta dúvidas sobre a viabilidade da trajetória de consolidação no médio prazo, sem medidas adicionais de geração de receita", acrescentou.

O governo indiano pretende reduzir seu déficit fiscal para 3% do PIB até março de 2018, de 3,9% neste ano, embora os gastos elevados, em especial com aumentos salariais, gerem dúvidas sobre o cumprimento da meta, disse a Fitch.

As três principais agências de classificação de risco - Standard & Poor's, Fitch e Moody's - atribuem agora a menor nota de grau de investimento à Índia. Enquanto a Fitch e a S&P têm perspectiva estável para os ratings indianos, a Moody's tem visão positiva, que foi elevada de estável em abril. Fonte: Dow Jones Newswires.