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Aidan reverte e TCE aprova contas de 2012

Pedido de reexame é aceito pela Corte, que refaz cálculo de gastos com Educação em Sto.André

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
03/12/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O TCE (Tribunal de Contas do Estado) acolheu recurso do ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin (PSB) e decidiu mudar o parecer contrário ao último ano de gestão do socialista à frente do Paço andreense, em 2012. A decisão de ontem fez com que as contas de três anos atrás recebessem análise positiva e afasta fantasma de inelegibilidade de Aidan, pré-candidato do PSB à Prefeitura em 2016.

O conselheiro Renato Martins Costa considerou válido pedido de reexame de contas feito pela defesa de Aidan. No mês passado, a contabilidade havia sido rejeitada por investimento insuficiente em Educação – em vez do mínimo constitucional de 25% de aporte, o governo socialista depositara 24,84%. A defesa de Aidan anexou recursos em dois contratos de ONGs (Organizações Não Governamentais) voltadas ao setor e essa quantia foi avalizada, subindo o percentual em Educação para 27,5% – índice além do exigido pela Constituição Federal.

“Inegavelmente traz tranquilidade. Por mais que tivéssemos confiança que a situação seria revertida, havia clima de instabilidade nos bastidores, porque havia muita especulação. No xadrez político a candidatura ficava em suspeição. Agora vai ajudar, a gente ficará voltado a pensar a estratégia política e o plano de governo”, afirmou o presidente do PSB de Santo André, Donay Neto.

Ao celebrar a decisão do TCE na manhã de ontem, o dirigente socialista alfinetou o PT, principal rival de Aidan e que derrotou o ex-prefeito em 2012 com o então deputado estadual Carlos Grana (PT) na cabeça de chapa. “É simbólico ter um governo com quatro anos de contas aprovadas, algo que nunca tinha acontecido na história política de Santo André. O que era para ser regra infelizmente se apresentou como exceção”, adicionou.

A despeito de ter revertido parecer e aprovado as contas de 2012, o TCE manteve alertas à gestão de Aidan, como aumento do grau de endividamento do município, acréscimo do saldo da dívida ativa em 6,28% e ineficácia na sua cobrança, elevado índice de terceirização em 57% dos serviços de Saúde por entidades particulares não filantrópicas e com fim lucrativo.

Aidan não retornou aos contatos da equipe do Diário ontem para comentar o assunto. Quando a contabilidade recebeu parecer negativo, havia mostrado confiança em reverter a decisão. 




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