Política Titulo R$ 12,6 bilhões
Com R$ 12,6 bi, orçamentos da região para 2016 têm queda real

Estimativas financeiras das sete cidades para o
próximo ano crescem 3% ante 10% da inflação

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
30/11/2015 | 07:19
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Montagem/DGABC


Estimada em R$ 12,6 bilhões, a arrecadação das sete cidades para 2016 sofrerá queda real. Se comparada com as projeções para este ano, de R$ 12,2 bilhões, as receitas esperadas para o ano que vem no Grande ABC crescerão apenas 3,27%, índice bem abaixo da casa dos 10% previstos para o acumulado da inflação no período. O caso se deve ao recuo da atividade econômica por conta da crise financeira no País.

As peças orçamentárias formuladas pelos Executivos retratam evoluções distintas. Embora mais tímida entre as demais cidades da região, a previsão de arrecadação de receitas diretas e indiretas para 2016 de Rio Grande da Serra, gerida pelo prefeito Gabriel Maranhão (PSDB), é a que apresenta crescimento mais próximo da correção da inflação: 9,8%. A LOA (Lei Orçamentária Anual) do município para o próximo ano prevê caixa em torno de R$ 84 milhões, ante os R$ 76,5 milhões projetados para 2015.

Administrada pelo prefeito Carlos Grana (PT), Santo André espera arrecadar R$ 3,38 bilhões no ano que vem, contra R$ 3,18 bilhões orçados para o exercício atual – crescimento de 6,2%. “Além da queda no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), registramos que (a arrecadação de) outros tributos também caíram, como o do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotivos), o que contribuiu diretamente para a redução da receita”, comentou o secretário de Finanças do Paço andreense, Antônio Carlos Granado (PT).

O Orçamento de São Bernardo, sob a gestão de Luiz Marinho (PT), para o exercício de 2016 é de R$ 5,10 bilhões, frente a R$ 4,9 bilhões (alta de 2,2%) que é aguardado até dezembro. A LOA foi aprovada na quarta-feira pelos vereadores são-bernardenses, que também emplacaram emendas à peça orçamentária.

Em São Caetano, a Câmara aprovou na semana passada Orçamento formulado pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) estimado em R$ 1,2 bilhão. Até dezembro, a previsão é de que a arrecadação de 2015 chegue aos R$ 1,17 bilhão, o que representará crescimento da receita em 8,5%, número também abaixo da meta inflacionária.

A peça orçamentária enviada pelo prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), ao Legislativo registra R$ 1,245 bilhão, uma redução de 1,6% na receita do ano que vem, em relação ao R$ 1,26 bilhão do exercício vigente. O verde também citou a queda no ICMS para justificar a retração. “Arrecadamos 30% a menos do imposto só em uma quinzena. Temos deixado de arrecadar R$ 100 milhões em ICMS”, explicou.

A diminuição da receita também é realidade enfrentada pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), que prevê arrecadar R$ 1,18 bilhão em 2016. Para este ano, a estimativa é de que R$ 1,24 bilhão tenha entrado no caixa do Paço mauaense entre janeiro e dezembro. Na vizinha Ribeirão Pires, o prefeito Saulo Benevides (PMDB) estima receita de R$ 395,7 milhões para o ano que vem, ante 339,2 milhões da arrecadação de 2015. 




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